domingo, 30 de dezembro de 2018

MEUS DOIS CARINHOS (Pal Joey), 1957


Baseada em texto de John O’Hara e musicada por Richard Rodgers e Lorenz Hart, a peça ‘Pal Joey’ marcou época na Broadway em 1940. Mas teve que esperar muito para chegar ao cinema porque a censura de então jamais permitiria que fosse filmada uma história atrevida como aquela. Um cantor oportunista namora uma corista e mantém caso com uma rica mulher casada, ex-stripper, que lhe financia uma boate. As letras irreverentes e repletas de duplo sentido de Lorenz Hart eram o maior entrave para passar pelo Código Hays. Em 1957 um roteiro bem mais leve e músicas com letras alteradas conseguiram aprovação e George Sidney dirigiu ‘Pal Joey’ que aqui se chamou “Meus Dois Carinhos”. Somente Frank Sinatra poderia interpretar Joey, o calhorda mulherengo, e Rita Hayworth fez a ricaça (agora viúva) e Kim Novak a jovem dançarina. A crítica que conhecia o picante original não gostou do resultado suavizado, ainda mais com o forçado final feliz. Mas como não gostar de ver Sinatra no auge de sua carreira como ator e cantor interpretar clássicos maravilhosos como “Bewitched”, “The Lady is a Tramp”, “I Could Write a Book” e mais meia dúzia de igual quilate; ou se deslumbrar com Rita Hayworth ainda bonita, sensual e charmosa (dublada) em “Bewitched”. Esquecemos até o desastre que é a interpretação amadora de Kim Novak, linda mas intimidada pelas duas lendas do cinema. Belo e menosprezado musical. 8/10




quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

UM CAMINHO PARA DOIS (Two for the Road), 1967

 

Stanley Donen, dos memoráveis musicais da MGM, dirigiu esta comédia que mostra dez anos da vida de um casal norte-americano. O tempo todo na estrada, desde o primeiro encontro, o arquiteto Mark (Albert Finney) e Joanna (Audrey Hepburn) passam de caronas ao primeiro simples automóvel até ascender socialmente e viajarem pela Europa numa reluzente Mercedes-Benz. Intermináveis flash-backs confundem um pouco o espectador na nada linear narrativa contando como a relação entre Mark e Joanna se deteriora ao ponto de ambos cometerem adultério. Finney não é engraçado e Audrey, ainda que não seja uma comediante, carrega o filme esplendidamente e com elegância, desta vez vestida pelos exagerados estilistas favoritos da época (Mary Quant e Paco Rabane). Aqueles que poderiam ser os momentos mais divertidos, quando Mark e Joana viajam com um típico casal norte-americano com sua irritante filhinha, transformam-se em uma grotesca caricatura. Porém as dificuldades passadas por Mark e Joanna a bordo do simpático MG verde são saborosos. Audrey desta vez tem um partner mais jovem que ela (Finney 30 anos, ela 37) e entre os coadjuvantes estão Claude Dauphin, Nadia Gray e Jacqueline Bisset em seu primeiro filme. Este luminoso e colorido ‘road movie’ tem a música eficiente mas menos inspirada de Henry Mancini e termina com o casal se tratando por ‘bitch’ e ‘bastard’. 7/10



sábado, 15 de dezembro de 2018

AS QUATRO CONFISSÕES (The Outrage), 1964


Não foi o sucesso de “Sete Homens e um Destino” (1960), inspirado em “Os Sete Samurais” de Akira Kurosawa, que levou Martin Ritt a filmar nova versão de outro filme do diretor japonês, desta vez “Rashomon”. Antes, em 1959 a inglesa Claire Bloom atuara na Broadway em uma adaptação de “Rashomon” e foi essa adaptação que Ritt decidiu filmar pensando em Marlon Brando como o bandido ‘Juan Carrasco’. Brando desistiu e Paul Newman que sempre rivalizou com Brando quis mostrar que podia interpretar um mexicano, mesmo com seus famosos olhos azuis. Carrasco (Newman) é condenado à morte por haver assassinado um ex-Coronel confederado, o aristocrático Wakefield (Laurence Harvey) e estuprado a esposa deste, Nina (Claire Bloom). Contada em flashbacks a história muda segundo as versões do próprio Carrasco, de Nina, de Wakefield (relatada por um velho índio) e por fim de um garimpeiro (Howard Da Silva) que encontrou o corpo de Wakefield. O que se discute no filme é a subjetividade da verdade e sua mutabilidade dependendo do enfoque que a ela se dá. O western de Ritt consegue ser sério e interessante até descambar para a quase comédia na parte final. Newman com voz e aparência bizarros se esforça para convencer como mexicano. Mais naturais, Claire Bloom e Harvey transformam seus personagens a cada versão da história. 6/10 





Aparecem com Edward G. Robinson Howard Da Silva (à Esquerda) e William Shatner (à direita).

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

RIFIFI (Du Rififi Chez les Hommes), 1955


Vítima do Macarthismo, o diretor Jules Dassin imigrou para a França onde com pouco dinheiro realizou um filme que se tornou célebre por diversos motivos: chegou a ser proibido em alguns lugares por ser considerado uma aula prática de como cometer um roubo perfeito; sua canção-tema fez sucesso no mundo todo (no Brasil foi gravada por Nora Ney); e virou modelo de inúmeros filmes sobre o mesmo tema, ainda que tenha pontos em comum com “O Segredo das Jóias” que John Huston dirigiu em 1951. Quatro ladrões, liderados pelo ex-condenado Stephanois (Jean Servais) roubam uma joalheria em Paris mas a ação criminosa esbarra nas ramificações do submundo parisiense e uma série de mortes ocorre na disputa pelo produto das joias roubadas. Toda a sequência do roubo, que na tela dura 30 minutos, foi filmada sem diálogos e boa parte sem música incidental com Dassin mantendo o suspense e fazendo admiravelmente o espectador sentir a extenuação física do quarteto. Concretizado o golpe intensifica-se o suspense com o confronto entre Stephanois e outros bandidos, tensão que só termina com a palavra ‘Fim’ num filme que mostra sombriamente a ‘Cidade-Luz’. Jean Servais magnífico como o sofrido velho marginal e o exibicionista Jules Dassin interpreta um dos bandidos contrastando com a vigorosa atuação de Servais. Magali Noël dança e canta a canção ‘Rififi’ de Jacques LaRue. 9/10





terça-feira, 11 de dezembro de 2018

UM SÁBADO VIOLENTO (Violent Saturday), 1955


São tantos os ótimos trabalhos de Richard Fleischer que se torna obrigatório dar atenção quando seu nome assina algum filme. Mais ainda se for um policial dirigido por ele que nos deu o clássico ‘B’ “Rumo ao Inferno” (1952). Porém se no elenco encontramos os nomes de Lee Marvin e Ernest Borgnine, aí então é garantia de grandes atuações. Na pequena Brandenville (Arizona), um trio de ladrões decide assaltar o banco local, detalhando cada passo da ação. Imprevistos impedem o sucesso do assalto e causando essas eventualidades estão alguns problemáticos habitantes da cidadezinha, uma espécie de Peyton Place. O roteiro de Sydney Boehm é repleto de dramas pessoais e a paz de Brandenville esconde alcoolismo, voyeurismo, ninfomania e cleptomania, lembrando “Veludo Azul”. Mas “Um Sábado Violento” é um policial e o terço final é pura emoção, oportunidade para um homem que não foi à guerra (Victor Mature) comportar-se como herói, para alegria do filho, quando enfrenta o trio de assaltantes. Isto com a ajuda do ‘Amish’ Ernest Borgnine que resiste até onde pode para não usar de violência. Lee Marvin brilha intensamente e rouba não só o banco mas todas as sequências nas quais participa, até ser abatido por Ernest Borgnine igualmente esplêndido na curta participação. Richard Flescher dá uma aula de como usar o Cinemascope. 8/10

Cópia gentilmente cedida pelo cinéfilo e colecionador Beto Nista.




sábado, 24 de novembro de 2018

JORNADAS HERÓICAS (THE PLAINSMAN), 1936


Mais conhecido por seus épicos bíblicos, Cecil B. DeMille também se aventurava pelo Western sempre de forma pomposa e pouco preocupada historicamente. Quem mais senão ele se arriscaria a juntar numa mesma aventura Wild Bill Hickok, Buffalo Bill, o General Custer, Abraham Lincoln e ainda Calamity Jane, sem se importar com a irrealidade dos fatos narrados? O enorme sucesso deste filme mostrou que DeMille alcançou seu objetivo que não era outro senão divertir o público resvalando aqui e ali em episódios históricos. Wild Bill Hickok (Gary Cooper) e Calamity Jane (Jean Arthur) vivem entre tapas e beijos e nos momentos de paz entre eles Hickok enfrenta jogadores, malfeitores, índios e por pouco não entra na batalha de Little Big Horn. Buffalo Bill (James Ellison) participa de algumas dessas ações mas não heroicamente como Hickok que ao final é morto pelas costas durante um jogo de cartas. O filme é todo do nobre, corajoso, cativante e cínico Gary Cooper, sempre torturando a irrequieta Calamity Jane que Jean Arthur poderia ter tornado mais vivaz e atrevida. James Ellison (então pardner de Hopalong Cassidy), não aproveitou esta grande oportunidade para dar um salto em sua carreira e faz um Buffalo Bill sem brilho. Charles Bickford é o contrabandista de armas em meio a um vastíssimo elenco. Primeiro filme de Anthony Quinn, aos 21 anos, impressionando DeMille e mais ainda a filha do diretor, Katharine, com quem se casaria. 8/10




segunda-feira, 12 de novembro de 2018

LOUCURAS DE VERÃO (American Graffiti), 1973


Um dos filmes mais queridos de todos os tempos e que ainda hoje, mais de 40 anos após seu lançamento mantém uma legião de admiradores. Estes não se cansam de ver e rever a noite na cidade de Modesto, Califórnia, em que quatro rapazes, ainda adolescentes, de alguma forma deixaram a inocência para trás sem mesmo que nada de excepcional acontecesse em suas vidas. Os quatro comem hambúrgueres no Mels Drive-In, ouvem música e têm nos automóveis uma quase extensão de seus corpos. Ah, sim namoram e suas fantasias e desilusões amorosas dão sabor especial a essa noite à qual não falta nem mesmo a clássica disputa para saber quem é o piloto mais audaz. Confessamente autobiográfico, o filme de George Lucas capturou mágica e poeticamente a ingênua cultura desse tempo (1962) que os diálogos e as músicas expressam candidamente. “Loucuras de Verão” se transformou em enorme sucesso de bilheteria mesmo tendo sido produzido com pequeno orçamento e sendo seu diretor e todos os intérpretes desconhecidos do grande público. Alguns deles, como Richard Dreyfuss e Harrison Ford se tornaram astros famosos, ou diretor, como Ron Howard. Mackenzie Phillips (filha de John Phillips dos Mamas & Papas), aos 12 anos de idade é o maior destaque feminino. Destaque apenas menor que a trilha sonora composta por 45 rocks e baladas inesquecíveis. Faltou Elvis devido à ganância do Coronel Tom Parker. 10/10





segunda-feira, 29 de outubro de 2018

UM HOMEM DIFÍCIL DE MATAR (Monte Walsh), 1970


Esse ridículo título nacional não faz jus a um dos mais poéticos e melancólicos westerns crepusculares. Monte Walsh (Lee Marvin) e Chet Rollins (Jack Palance) são dois cowboys que se deparam com as mudanças que os tornam desnecessários para conduzir gado que agora viaja pela ferrovia. “Ninguém pode ser cowboy para sempre”, diz o conformado Chet que se casa e vira balconista. A pequena Harmony vê todos partirem, tornando-se uma cidade-fantasma e mesmo a prostituta Martine (Jeanne Moreau) se muda do lugar. O sombrio horizonte deixa Monte Walsh perdido mas o velho vaqueiro não se entrega porque o que ele gosta de ser é cowboy e mais nada. A vida dos vaqueiros com a camaradagem entre eles mesmo sabedores da falta de opções que se avizinha com a forçada mudança de vida é narrada de forma elegíaca nesta brilhante estreia do cinegrafista William A. Fraker. Sua direção evoca a cada quadro as pinturas de Frederic Remington e Charles M. Russell. Não exigido a mostrar apenas sua autoritária presença, Lee Marvin comprova que é um ator excepcional contracenando com uma Jeanne Moreau bela e fascinante nesse encontro memorável dos dois grandes intérpretes. Jack Palance discreto neste quarto filme que fez com Marvin. Western com poucos momentos de ação, o melhor deles quando Monte Walsh doma um cavalo selvagem numa longa e vigorosa sequência noturna. 8/10
Cópia gentilmente cedida pelo cinéfilo e colecionador Thomaz Antônio de Freitas.




sexta-feira, 26 de outubro de 2018

CONFLITOS DE AMOR (La Ronde), 1950


O amor foi o tema preferido do cineasta alemão Max Ophuls, sentimento que em seus filmes ele tratou com delicadeza e elegância. Neste “Conflitos de Amor”, realizado em episódios e passado na Viena de 1900, Ophuls acrescentou uma dose sutil de mordacidade ao descrever como o amor percorre todos os segmentos da sociedade. Interagem personagens humildes e mesmo da nobreza, numa harmoniosa e lúbrica ronda romântica. O misterioso e onipresente narrador (Anton Walbrook) faz o carrossel girar apresentando os dez amantes que passam pelas muitas alcovas. O mais longo e mais delicioso dos episódios é protagonizado pela encantadora Danielle Darrieux, adúltera e ao mesmo tempo traída pelo aborrecido marido. Simone Signoret é uma afetuosa prostituta que passa pelos braços de um galante Gérard Philipe. Ao som de ‘La Ronde de l’Amour’, de Oscar Straus, a câmara de Max Ophuls, como um voyeur, procura ângulos inusitados para melhor observar os encontros apaixonados. Essa intensa movimentação de câmara, no entanto, torna-se por momentos um tanto cansativa. Além dos citados, o elenco traz nomes importantes do cinema francês como Simone Simon, Jean-Louis Barrault, Serge Reggiani e ainda a bela italiana Isa Miranda. Essa ronda do amor vale especialmente pela presença de Danielle Darrieux, irresistível na sua sensual meiguice. 7/10




domingo, 21 de outubro de 2018

ABSOLUTAMENTE CERTO!, 1957


Anselmo Duarte era considerado o grande galã do cinema nacional mas sonhava dirigir filmes após os anos como ator na Atlântida e Vera Cruz. Oswaldo Massaini foi quem deu a Anselmo a oportunidade de se lançar como diretor com uma história policial da dupla Jorge Dória-Jorge Ileli. O próprio Anselmo fez o roteiro com cunho menos policialesco e mais voltado para as antigas chanchadas ainda tão ao gosto do público. Anselmo sabia bem o que estava fazendo ao narrar como Zé do Lino (ele mesmo), um modesto linotipista com prodigiosa memória participa de um programa de TV aos moldes de “O Céu é o Limite”. A máfia do boxe vê ali uma oportunidade de diversificar suas atividades com apostas fraudulentas que envolveriam o honesto Zé do Lino. Este, juntamente com outros gráficos e mais o campeão de boxe Paulo de Jesus, vence a quadrilha. Anselmo demonstra o domínio da linguagem cinematográfica com tomadas de câmera inventivas e ritmo perfeito entre as sequências cômicas e as de ação. Certo que há os inevitáveis números musicais, ainda que excelentemente coreografados e foi o brilhante maestro Enrico Simonetti quem assinou a ótima trilha musical neste filme que muito agradou às plateias e à crítica. Como ator Anselmo é, como de hábito, discreto, ficando o brilho maior para Odete Lara, enquanto Dercy Gonçalves se excede em seu histrionismo. A oficina da Última Hora, no Vale do Anhangabaú (SP) é o cenário da gráfica desta magnífica estreia de Anselmo Duarte como diretor. 8/10




sexta-feira, 19 de outubro de 2018

AMARCORD (Amarcord), 1973


Fellini era um sentimental que revisitava suas memórias a cada filme. Nunca, porém retratou tão completa e apaixonadamente a Rimini de sua infância e adolescência como em “Amarcord”. Rimini se torna Borgo San Giuliano cidade fictícia situada no Mar Adriático onde se sucede uma série de episódios sem ligação entre eles mas todos plenos de poesia e saboroso humor. Os personagens saídos da memória de Fellini neste seu álbum de recordações, sem exceção, têm um quê de grotescas caricaturas, mas são todos extraordinariamente humanos e familiares ainda que o filme se passe nos anos 30. A província festeja a chegada da Primavera com uma enorme fogueira, vibra com a passagem dos bólidos na VII Mille Miglia, participa ingênua e febrilmente da ascensão do fascismo e se extasia com a visão da passagem noturna de um transatlântico. Se as imagens fellinianas, como de hábito, deslumbram embaladas pela música admirável de Nino Rota, são os inesquecíveis tipos que povoam a cidade que mais encantam: Gradisca, Volpina, a rotunda dona da tabacaria, o casal pai e mãe de Titta (o alter-ego de Fellini) sempre às turras, o cunhado viteloni, o tio maluco, os professores, os amigos de Titta e o padre preocupado com os meninos se tocarem. A nostalgia das recordações é geralmente triste, mas em “Amarcord”, pelas mãos mágicas de Federico Fellini se torna prazerosa, contagiante e sublime. 10/10




terça-feira, 16 de outubro de 2018

SANSÃO E DALILA (Samson and Delilah), 1949


Volta e meia Cecil B. DeMille buscava na Bíblia as histórias para seus filmes e, quando se propôs a levar à tela o episódio do israelita Sansão que enfrenta os filisteus, criou um grandioso espetáculo cinematográfico. DeMille nunca se preocupou em fazer filmes artísticos mas sim atrair e divertir o grande público e para isso, com a ajuda dos roteiristas, deu a esse capítulo bíblico um sabor todo especial. Dalila (Hedy Lamarr) é uma mulher ardilosa que usa seu irresistível poder de conquista para descobrir o segredo da força sobre-humana de Sansão (Victor Mature) e torná-lo prisioneiro dos filisteus. Dois são os momentos principais deste épico: a longa sequência da luxuriosa sedução de Sansão e o final admirável da destruição do templo filisteu. No primeiro, sob o verniz das escrituras DeMille burla a censura com cenas de intensa lubricidade; no segundo a força de Sansão produz um impacto fílmico ainda hoje impressionante. DeMille acertou em cheio com Victor Mature e Hedy Lamarr, de quem não esperava e nem queria atuações portentosas. O físico e a persona artística de Mature fazem dele um perfeito Sansão e Hedy compensa suas formas delicadas com a estonteante beleza de seu rosto. George Sanders se diverte como o arrogante rei de Gaza pois assim como os protagonistas entendeu que “Sansão e Dalila” seria nas mãos de DeMille um grande e agradável espetáculo kitsch. 8/10