quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

UM CAMINHO PARA DOIS (Two for the Road), 1967

 

Stanley Donen, dos memoráveis musicais da MGM, dirigiu esta comédia que mostra dez anos da vida de um casal norte-americano. O tempo todo na estrada, desde o primeiro encontro, o arquiteto Mark (Albert Finney) e Joanna (Audrey Hepburn) passam de caronas ao primeiro simples automóvel até ascender socialmente e viajarem pela Europa numa reluzente Mercedes-Benz. Intermináveis flash-backs confundem um pouco o espectador na nada linear narrativa contando como a relação entre Mark e Joanna se deteriora ao ponto de ambos cometerem adultério. Finney não é engraçado e Audrey, ainda que não seja uma comediante, carrega o filme esplendidamente e com elegância, desta vez vestida pelos exagerados estilistas favoritos da época (Mary Quant e Paco Rabane). Aqueles que poderiam ser os momentos mais divertidos, quando Mark e Joana viajam com um típico casal norte-americano com sua irritante filhinha, transformam-se em uma grotesca caricatura. Porém as dificuldades passadas por Mark e Joanna a bordo do simpático MG verde são saborosos. Audrey desta vez tem um partner mais jovem que ela (Finney 30 anos, ela 37) e entre os coadjuvantes estão Claude Dauphin, Nadia Gray e Jacqueline Bisset em seu primeiro filme. Este luminoso e colorido ‘road movie’ tem a música eficiente mas menos inspirada de Henry Mancini e termina com o casal se tratando por ‘bitch’ e ‘bastard’. 7/10



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