terça-feira, 16 de outubro de 2018

SANSÃO E DALILA (Samson and Delilah), 1949


Volta e meia Cecil B. DeMille buscava na Bíblia as histórias para seus filmes e, quando se propôs a levar à tela o episódio do israelita Sansão que enfrenta os filisteus, criou um grandioso espetáculo cinematográfico. DeMille nunca se preocupou em fazer filmes artísticos mas sim atrair e divertir o grande público e para isso, com a ajuda dos roteiristas, deu a esse capítulo bíblico um sabor todo especial. Dalila (Hedy Lamarr) é uma mulher ardilosa que usa seu irresistível poder de conquista para descobrir o segredo da força sobre-humana de Sansão (Victor Mature) e torná-lo prisioneiro dos filisteus. Dois são os momentos principais deste épico: a longa sequência da luxuriosa sedução de Sansão e o final admirável da destruição do templo filisteu. No primeiro, sob o verniz das escrituras DeMille burla a censura com cenas de intensa lubricidade; no segundo a força de Sansão produz um impacto fílmico ainda hoje impressionante. DeMille acertou em cheio com Victor Mature e Hedy Lamarr, de quem não esperava e nem queria atuações portentosas. O físico e a persona artística de Mature fazem dele um perfeito Sansão e Hedy compensa suas formas delicadas com a estonteante beleza de seu rosto. George Sanders se diverte como o arrogante rei de Gaza pois assim como os protagonistas entendeu que “Sansão e Dalila” seria nas mãos de DeMille um grande e agradável espetáculo kitsch. 8/10





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