sábado, 9 de fevereiro de 2019

REBECCA, A MULHER INESQUECÍVEL (Rebecca), 1940


Estreia em alto estilo de Alfred Hitchcock no cinema norte-americano em produção de David O. Selznick, adaptando o mais famoso livro da escritora inglesa Daphne du Maurier. Nos filmes produzidos por Selznick era ele e mais ninguém quem mandava e o produtor queria repetir “...E o Vento Levou” que sequer havia sido ainda lançado. Chocou-se, no entanto, com Hitchcock que não abria mão de ser o ‘autor’ de seus filmes. Como resultado do inevitável conflito, “Rebecca” oscila entre ser um mero melodrama, como queria Selznick e uma sombria, intensa e aterradora história gótica sem os momentos típicos de suspense mas que deixa o espectador com os nervos à flor da pele, como Hitch gostava de fazer. Uma jovem e tímida dama de companhia (Joan Fontaine) se casa com o rico viúvo Maxime de Winter (Laurence Olivier) que há um ano perdera a esposa Rebecca em circunstâncias estranhas. O casal vai morar no castelo de Manderley, de propriedade do marido onde, embora morta, Rebecca persegue os pensamentos de Maxime e assombra também sua segunda esposa. A governanta (Judith Anderson) que adorava a falecida procura manter viva a memória de Rebecca. Joan Fontaine, aos 22 anos, está extraordinária; Olivier discreto; Judith Anderson cria uma sinistra e inesquecível vilã com nuances homossexuais. Música, fotografia e direção perfeitos neste que é um dos grandes filmes de Hitchcock. 9/10





Nenhum comentário:

Postar um comentário