domingo, 1 de janeiro de 2017

QUELÉ DO PAJEÚ, 1969


Anselmo Duarte costumava afirmar que seu melhor filme era “Quelé do Pajeú” e poucos podiam contestar essa discutível opinião. Isso porque alguns anos após seu lançamento o filme simplesmente desapareceu, numa das mais lamentáveis incúrias do cinema brasileiro. “Quelé do Pajeú” passou para a categoria de lenda cinematográfica e somente os críticos e espectadores mais velhos, ao redor dos 70 anos de idade e que o viram nos cinemas, podiam falar do filme. Mais de 40 anos depois uma cópia legendada em Italiano foi descoberta na Europa, fato que pode ser considerado o mais importante do cinema brasileiro nos últimos tempos. Lima Barreto escreveu a história e roteiro que acabou sendo bastante alterado por Anselmo Duarte que a isso chamou de ‘roteiro adaptado’, filmando-o em Salto de Itú naquela que foi uma das mais caras produções do cinema brasileiro, com requintes de 70 mm e som estereofônico. O resultado foi um excelente ‘nordestern’, com muita ação, romance, sensualidade e algumas sequências verdadeiramente antológicas. Tarcísio Meira é o protagonista e Jece Valadão o vilão que Quelé persegue em busca de vingança em sua odisseia pelo sertão em luta constante entre as volantes e o bando de Lampião. Não só pelo fato da descoberta da cópia, mas e principalmente por ser outro grande filme de Anselmo Duarte “Quelé do Pajeú” é fundamental para quem ama o cinema. Resenha completa no blog Westerncinemania. 8/10





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