sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

GILDA (Gilda), 1946


Longe de ser uma obra-prima, “Gilda” é uma das melhores definições do tão discutido termo ‘filme clássico’. Fez de Rita Hayworth a mulher mais desejada do mundo naqueles tempos e centenas e centenas de bebês, inclusive no Brasil receberam o nome ‘Gilda’ ao nascer. Até uma bomba foi assim chamada. Por aqui Gilda virou marchinha de Carnaval e o filme dirigido por Charles Vidor reunindo Rita e Glenn Ford foi um enorme sucesso de bilheteria. Pela primeira vez no cinema vimos uma câmara perdidamente apaixonada por uma atriz, seduzida por seus olhares, trejeitos e arrebatadora beleza. Rita dançando e cantando (foi dublada, todos sabemos) “Put the Blame on Mame” e “Amore Mio” são desses momentos eternos do cinema. Ah sim, o filme é um arremedo de “Casablanca” sem o charme, trama e diálogos inteligentes deste e também porque Glenn Ford não é Humphrey Bogart e Charles Vidor não é Michael Curtiz. Frases bizarras ditas pelos personagens chegam a fazer rir num filme misógino com dois homens enamorados um pelo outro desprezando o monumento que é Gilda. O grotesco final de tão inadequado parece ter sido escrito pelo censor do Código Hays. Mas se em “Casablanca” Ilse e Rick tiveram Paris, em “Gilda” o cinema teve Rita Hayworth deslumbrantemente esplendorosa e por isso “Gilda” é sim, um clássico. 7/10






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