terça-feira, 6 de agosto de 2019

CHARADA (Charade), 1963


Para a maior parte dos espectadores, cinema é diversão, entretenimento. Sabedor disso, Stanley Donen, diretor de alguns dos melhores musicais da MGM realizou uma película que contém suspense, romance e comédia, ou seja, praticamente tudo que entretém e diverte quem assiste a um filme. E numa dessas raras oportunidades em que o cast de apoio vem a se tornar astros de primeira grandeza, “Charada” conta com Walter Matthau, James Coburn e ainda George Kennedy, todos irrepreensíveis e assustadores em seus próprios estilos. Mas “Charada” é antes de mais nada um dos belos momentos da fascinante Audrey Hepburn com seu charme irresistível sendo assustada por todo esse grupo de homens e mais Cary Grant, por quem se apaixona na história. Audrey é uma viúva perseguida por vilões que buscam 250 mil dólares que o finado marido de Audrey escondeu de forma inusitada. Este thriller hitchcockiano se desenvolve em tom de comédia que a competência de Donen não impede nunca que o mistério seja comprometido. Cary Grant está velho demais para ser o par ideal de Audrey, mais ainda para vencer George Kennedy numa emocionante luta num terraço de Paris. E há Paris com seu encanto único como cenário das ações e Henry Mancini inspiradíssimo compondo uma de suas melhores trilhas musicais. São filmes como este que Hollywood não é mais capaz de fazer. 9/10






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