sexta-feira, 5 de abril de 2019

EU, ELA E A OUTRA (Move Over, Darling), 1963


Doris Day foi a artista (eles e elas) campeã de bilheterias por quatro anos e essa série teve início com “Confidências à Meia-Noite”, obra-prima da comédia sofisticada. Mesmo emplacando sucesso atrás de sucesso, Doris não conseguia repetir a qualidade de “Confidências...”, dirigida por Michael Gordon. Esse mesmo diretor foi chamado para filmar o malfadado projeto que teria sido o último filme de Marilyn Monroe (com Dean Martin e Cyd Charisse), agora com Doris como a esposa dada como morta há cinco anos e cujo marido (James Garner) se casa novamente (com Polly Bergen). A falecida reaparece e daí para frente é uma sucessão de deliciosas confusões que terminam com casamento e certidão de morte anulados e o casal original reunido com as duas filhas. O roteiro tem grandes momentos cômicos, os melhores deles proporcionados pelos veteranos Edgar Buchanan como um juiz irritadiço e Thelma Ritter como a sogra sensata. Não faltam piadas de humor negro, com a Psicanálise e com Adão e Eva pois a linda Doris passa cinco anos numa ilha deserta com o atlético Chuck Connors e... nada acontece. Doris Day canta apenas duas canções nada memoráveis assim como seu desempenho que não chega a entusiasmar. James Garner é simpático mas não é Rock Hudson e a bonita e talentosa Polly Bergen (a outra) merecia melhores sequências. Refilmagem de “Minha Esposa Favorita”, de 1940. 8/10




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