terça-feira, 23 de abril de 2019

ENTRE DOIS JURAMENTOS (Two Flags West), 1950


A Guerra Civil norte-americana foi pano de fundo para pelo menos uma centena de westerns e este dirigido por Robert Wise relata uma situação inusitada que seria abordada anos mais tarde por Sam Peckinpah no malfadado “Juramento de Vingança” (Major Dundee). Ambos tratam de confederados feitos prisioneiros de guerra e que, segundo um decreto de Abraham Lincoln, seriam anistiados caso se incorporassem ao Exército da União. É o que acontece com um pelotão liderado pelo sulista Coronel Tucker (Joseph Cotten) que presta juramento de lutar ao lado dos ianques. Os adversários agora são índios, tão odiados pelo Major Kenniston (Jeff Chandler), nortista que comanda o Forte que serve como prisão, quantos os próprios confederados. O objetivo dos homens de Tucker não é outro senão escapar, mas demonstrando altruísmo e coragem renunciam à fuga para lutar pela União. Para complicar ainda mais as coisas no Forte, o Major Kenniston é apaixonado por sua cunhada viúva (Linda Darnell). Na linha de “Sangue de Heróis” (Fort Apache), de John Ford, os índios são vistos de forma simpática neste muito bom faroeste de Wise. As sequências do cerco dos índios ao forte são excelentes. Sem maior esforço Joseph Cotten é o melhor do elenco que conta ainda com o monolítico Jeff Chandler em início de carreira, a bela (e apenas isso) Linda Darnell e Cornel Wilde. 8/10





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