domingo, 2 de fevereiro de 2025

A CALDEIRA DO DIABO (PEYTON PLACE)

Em 1956, aos 32 anos de idade, a escritora Grace Metalious escandalizou os Estados Unidos com o lançamento de seu livro “Peyton Place”, obra que continha capítulos contendo incesto, suicídio, abuso sexual, homicídio e desnudava a falsa moralidade de uma pequena cidade norte-americana, justamente Peyton Place, microcosmo da própria América. Depressa a 20th Century-Fox adquiriu os direitos de filmagem e lançou, em dezembro de 1957, o melodrama com o mesmo título do livro e, repetindo o sucesso das livrarias, o público fez enormes filas para assistir o filme que no Brasil se chamou “A Caldeira do Diabo”. Em 1957 Hollywood ainda não havia se livrado das amarras da censura e o roteiro de “Peyton Place” foi bastante atenuado ao tocar no conjunto de temas do livro, muitos deles tabus no cinema. Mesmo assim o filme dirigido por Mark Robson foi taxado, entre outros adjetivos, de ‘abominável e massacrado por parte da crítica, enquanto alguns críticos viram qualidades no drama que na tela teve a duração de 157 minutos para contar os episódios que se entrelaçavam na pequena cidade. Visto quase 70 anos depois, “A Caldeira do Diabo” mais se assemelha aos novelões televisivos e mesmo assim prende a atenção do espectador. A síntese do filme é o conflito de gerações com pais querendo direcionar a vida de seus filhos adolescentes sendo que eles pais são mais problemáticos que os jovens. O destaque fica para as excelentes interpretações da estreante Diane Varsi, e dos ótimos Hope Lange e Arthur Kennedy secundados pelo excelente elenco no qual destoa somente Lee Phillips. “A Caldeira do Diabo” recebeu nove indicações para o Oscar não sendo premiado em nenhuma das indicações. Sucesso de bilheteria ficou atrás do blockbuster “A Ponte do Rio Kwai” que por sua vez arrebatou sete prêmios da Academia. Em abril de 1958 a filha de Lana Turner assassinou o amante de sua mãe, o gângster Johnny Stompanato, crime que gerou inesperada publicidade extra para “A Caldeira do Diabo”. - 7/10

Lana Turner com Lee Phillips e com Diane Varsi

Diane Varsi com Russ Tamblyn e com Lana Turner

Hope Lane; Hope Lange e Lorne Greene;
abaixo Mildred Dunnock e Arthur Kennedy


terça-feira, 17 de dezembro de 2024

SANGUE DE BÁRBAROS (THE CONQUEROR)

 


Poucos filmes na história de Hollywood foram tão massacrados quanto “Sangue de Bárbaros”, apontado por muitos críticos como um dos piores filmes de todos os tempos. Isso não se deve ao fato de essa versão sobre a vida de Gengis Khan ser inteiramente desprezível, mas sim porque quase tudo deu errado nesta produção da RKO e de seu boss na época, o excêntrico Howard Hughes. Uma superprodução de quatro milhões de dólares (muito dinheiro em 1954) jamais poderia ser dirigida por alguém como Dick Powell que estreava na direção, porém problema maior foi o roteiro escrito por Oscar Millard com diálogos que pareciam terem sido extraídos dos saudosos seriados sci-fi dos anos 30/40 os quais o Imperador Ming, lá no Planeta Mongo, expressaria com solene prazer. Visivelmente constrangidos os intérpretes principais (Susan Hayward, Pedro Armendáriz, Agnes Moorehead e John Hoyt) dizem suas falas fazendo força para não rir. O único que levou o filme a sério foi John Wayne, exemplo de profissionalismo, mesmo após descobrir o ridículo em que caíra, procurou fazer o melhor que podia, o que, no caso de Wayne, seria pouco para salvar este épico. Hughes, Powell e Millard imaginaram um ‘Temujin’ (Gengis Khan) vivido por Marlon Brando que em “Viva Zapata” usara um bigode mais mongol que mexicano. Cogitado, Brando sabiamente recusou a proposta que foi oferecida a John Wayne que entendeu que aquele filme estava mais para um western, apenas que passado na Ásia no século XII. Wayne aceitou o desafio que quase unanimemente é considerado seu pior desempenho no cinema. O pobre Dick Powell teve ainda que administrar o ego de Susan Hayward, a troca de diretores de fotografia que foram quatro, o calor sempre acima de 40 graus, e contando pelo menos com um John Wayne mais colaborativo que nunca. E mal sabiam todos da triste fama que envolveria “Sangue de Bárbaros”, filmado em Utah, onde no ano anterior (1953), o governo norte-americano havia detonado nada menos que onze bombas nucleares, causando uma radiação que ninguém imaginava que seria tão trágica. Dos 220 artistas e técnicos envolvidos na filmagem, 91 faleceram de algum tipo de câncer, entre eles Dick Powell, Wayne, Susan, Armendáriz, John Hoyt e Agnes Moorehead. Nas movimentadas cenas de ação envolvendo mongóis contra merkitas e tártaros é impossível saber quem é quem e o que mais se vê são quedas de cavalos (dezenas e dezenas deles) com um John Wayne pesado demais. No filme Temujin (Wayne) se apaixona por Bortai (Susan) que é filha do tártaro Kumlek (Ted de Corsia). Temujin lidera os mongóis na luta contra os tártaros, saindo vitorioso e tornando-se Gengis Khan. O incrível roteiro se encerra com um final esdrúxulo com Jamuga (Pedro Armendáriz), irmão de Temujin, implorando por sua própria morte. Agnes Moorehead e Ted de Corsia conseguem se salvar com boas interpretações. Howard Hughes só lançou “Sangue de Bárbaros” dois anos depois, em 1956 e o filme foi grande sucesso de público alcançando mais de nove milhões de dólares de renda. Segundo se conta, Hughes, em sua conhecida reclusão, assistia “Sangue de Bárbaros” repetidamente, provando que não estava mesmo bem da cabeça. Se não for levado a sério, “Sangue de Bárbaros” é diversão garantida. 4/10

John Wayne e Susan Hayward

Susan e Wayn;, no centro o beijo que Susan tornou
o mais realista possível...

John Wayne com Leo Gordon e abaixo William Conrad

Lee Van Cleef, que seria um perfeito Gengis Khan;
abaixo Lee Van Cleef com William Conrad


segunda-feira, 4 de novembro de 2024

VIVA MARIA! (Viva Maria!), 1965

 


        A reunião de dois grandes nomes em filmes é receita quase infalível de boas bilheterias, receita invariavelmente com dois atores. Porém colocar num mesmo filme as duas mais famosas atrizes do cinema francês na década de 70 foi algo inusitado, ainda mais por ser o filme for uma comédia tratando de um assunto sério como uma... revolução. Pois foi o que decidiu fazer Louis Malle que escreveu o roteiro em parceria com Jean-Claude Carrière, este que viria a ser o roteirista preferido de Luís Buñuel. Brigitte Bardot e Jeanne Moreau foram as escolhidas como as protagonistas chamadas de Maria e Maria, uma irlandesa (BB) e a outra francesa. De estrelas de uma caravana circense que tem como maior atração os provocantes números musicais, um deles inventando o strip-tease, já que a ação se passa no início do século passado, Maria e Maria se tornam líderes revolucionárias no fictício país San Miguel. O povo oprimido grita para elas “Viva Maria!” e ao final, depois de hilariantes batalhas contra o ditadorzinho de San Miguel, que tem por aliado um poderoso barão de terras e, como não poderia deixar de ser, também a interesseira igreja que está sempre ao lado dos mais fortes, Maria e Maria levam a revolução a derrubar o opressivo ditador. Brigitte nunca esteve mais bonita mas é Jeanne quem conquista o revolucionário bonitão (George Hamilton). Realizado em 1965, seguiram-se a esta película de Louis Malle muitos outros filmes sobre o tema revolução, os westerns-spaghetti-zapata e até Sam Peckinpah abordou a revolução (mexicana). Difícil classificar o gênero de “Viva Maria!” já que este filme mistura comédia, ação, crítica social, música e dança. E tudo da melhor qualidade. 8/10

Brigitte e Jeanne

As líderes revolucionárias e a igreja as castigando

George Hamilton e Jeanne Moreau

Viva a Revolução! Viva Maria e Maria!!!


segunda-feira, 18 de abril de 2022

AMA-ME COM TERNURA (Love me Tender), 1956

Elvis Presley era o grande nome da música (rock’n’roll) em meados dos nos 50, emplacando um sucesso atrás do outro e Hollywood, como era hábito, não demorou para lançá-lo como ator. Aos 21 anos Presley estrelou “Love Me Tender” (Ama-me com Ternura), título daquela que viria a ser uma de suas canções mais executadas. A 20th Century-Fox poderia ter dado um tratamento melhor a essa estreia, mas preferiu economizar com diretor de segundo escalão (Robert D. Webb) e elenco ‘da casa’ sem grandes astros, filmando o drama passado durante a Guerra Civil em preto branco. Raros são os roteiros de westerns que fogem do lugar comum e este é um deles ao contar a história de dois irmãos apaixonados pela mesma mulher. Vance (Richard Egan) e Clinton (Elvis) são os irmãos e Vance retorna para o Texas após quatro anos ausente lutando pelo Exército Confederado e tendo sido erroneamente dado como morto. Com o Sul vencido sua decepção aumenta ainda mais quando chega ao rancho da família e se depara com sua namorada Cathy (Debra Paget) agora casada com Clinton, seu irmão mais novo. Vance e Cathy ainda se amam, o que leva Clinton ao desespero. Esse triângulo amoroso ocorre paralelamente à descoberta pela União de uma apropriação de 12.500 dólares por parte de um grupo Confederado liderado por Vance que é perseguido e o desfecho é trágico. Fãs de Elvis lotaram os cinemas para vê-lo e, perceberam que como ator ele estava imaturo. Mas certamente saíram contentes especialmente pelas quatro canções, entre elas ‘Love Me tender’, que ele canta. Richard Egan e Debra Paget encabeçam o elenco que tem ainda os excelentes Robert Middleton, Mildred Dunnock e Neville Brand. 7/10.

 



domingo, 28 de junho de 2020

ASSASSINATO NA 10.ª AVENIDA (Slaughter on 10th Avenue), 1957


Baseado em fatos reais, este drama policial explora o mesmo tema de “Sindicato de Ladrões”, realizado três anos antes e vencedor de oito prêmios Oscar. Como não poderia deixar de ser há diversos pontos comuns entre os dois filmes já que a história se desenrola no porto de Nova York com os estivadores sendo vítimas da máfia que os intimidava e cobrava pela proteção. Ocorre uma morte de um estivador revoltado e o procurador William Keating (Richard Egan), contra todas as adversidades, obstinadamente quer esclarecer o crime e colocar na cadeia os autores. Um dos problemas é a ‘lei do silêncio’ que impera no caís e o problema maior é o mafioso Al Dahlke (Walter Matthau) que a todo custo procura calar Keating. O procurador ganha a simpatia dos estivadores e com eles enfrenta a gang em luta corporal e depois, no tribunal, leva a melhor com a condenação dos criminosos. Com produção quase de filme ‘B’, o diretor Arnold Laven teve em mãos um roteiro primoroso e um elenco impecável com destaque para a excelente Jan Sterling e Dan Duryea em curta e memorável aparição como antipático advogado de defesa. Richard Egan perfeito e Walter Matthau ótimo quando ainda estavam longe os dias que o consagrariam como estupendo comediante. O autor da história é William Keating que protagoniza a narrativa como o procurador vivido por Egan. 8/10





sábado, 13 de junho de 2020

BULLITT (Bullitt), 1968


Este filme policial é, mesmo com suas muitas imperfeições, merecidamente considerado um clássico por dois fatores principais. Este comentário até pode parecer contraditório, mas “Bullitt”, desde seu lançamento, foi a mais influente aventura no gênero com a excepcional sequência de perseguição entre automóveis nas ladeiras de São Francisco. A segunda e também importante razão é a presença de Steve McQueen. Ele é o detetive Frank Bullitt, designado para proteger uma testemunha que deveria depor contra a máfia no Senado. A testemunha é morta e o policial se empenha em descobrir a quem interessava a sua morte, o que faz mesmo pressionado por um político e por seus superiores policiais. O roteiro não muito claro tem algumas situações pouco verossímeis e ainda a inteiramente desnecessária presença da namorada de Bullitt (Jacqueline Bisset, belíssima) que comprometem este thriller dirigido por Peter Yates. Steve McQueen domina todo o filme com sua discreta porém eficiente interpretação que se impõe com seu incrível carisma. McQueen só perde mesmo, por onze eletrizantes minutos, para o Mustang GT 390 Fastback 1968 e o Dodge Charger 440 Magnum também 1968 na fantástica e realística perseguição que os veículos travam em alta velocidade. E Steve é visto ao volante do Mustang em diversos desses momentos. Robert Duvall tem pequena participação. 8/10




domingo, 7 de junho de 2020

PACTO SINISTRO (Strangers on a Train), 1951


A reunião dos talentos de Patricia Highsmith (autora da história), Raymond Chandler (roteiro), Robert Burks (fotografia) e Alfred Hitchcock como diretor só poderia resultar em um grande filme, um dos melhores do Mestre do Suspense. Em “Pacto Sinistro” Hitch faz o que mais gosta que é brincar com os nervos do espectador e cutucá-lo em aspectos psicológicos com ferina mordacidade. Hitch é cáustico ao extremo como quando o personagem Bruno Anthony (Robert Walker) pergunta: ‘Quem nunca pensou em matar alguém?’ Guy Haynes (Farley Granger) é um tenista que quer o divórcio negado pela esposa, para se casar com outra mulher. Bruno Anthony é um psicopata que quer ver seu pai morto e propõe a Haynes um pacto funesto, antecipando-se e matando a esposa do tenista. No restante do filme Anthony assedia Haynes para que ele cumpra sua parte. Este é daqueles filmes que alguns detalhes tornam inesquecível, entre eles o isqueiro acusador, o assassinato mostrado através das lentes de um óculos, o cão ameaçador no alto da escada da mansão lúgubre, o carrossel girando em alta velocidade e, causando suspense maior, a partida de tênis. Tudo puro Hitchcock. Último filme do infeliz Robert Walker que faleceria dois meses após o lançamento e seu melhor trabalho no cinema em admirável despedida aos 32 anos de idade. Farley Granger bem como o desesperado tenista e Ruth Roman quase decorativa. 9/10




sexta-feira, 29 de maio de 2020

ALMA EM SUPLÍCIO (Mildred Pierce), 1945


Após o êxito de “Pacto de Sangue”, ocorreu o anúncio da filmagem de outra história de James M. Cain, desta vez “Mildred Pierce”. Hollywood entrou em sobressalto com quase todas atrizes famosas querendo interpretar esse personagem que acabou nas mãos de Joan Crawford. A determinada Mildred Pierce tem altos e baixos na vida, trabalhando algum tempo como garçonete e Joan Crawford era conhecida pela elegância que costumava desfilar nas telas. Só mesmo o autoritário Michael Curtiz para, após muitas batalhas, desglamurizar a atriz, o que resultou na melhor atuação de sua carreira e que lhe rendeu um Oscar pela brilhante atuação. Mildred Pierce separa-se do primeiro marido (Bruce Bennett) e, ao ser bem sucedida na vida, passa a ser explorada por Monte Beragon (Zachary Scott), seu segundo esposo. Monte seduz Veda, a filha de Mildred (Ann Blyth aos 17 anos) e acaba assassinado num caso intrincado, restando descobrir quem o teria matado. Excelente melodrama noir com tema que leva a extremos a sordidez humana, tudo realçado pela magnífica fotografia de Ernest Haller. Jack Carson é o amigo cínico e conquistador que ‘tenta duas vezes por semana’ dormir com Mildred e se vê envolvido no assassinato. Além de Joan Crawford, Ann Blyth (aos 17anos) e Eve Arden concorreram ao Oscar, estas de Melhor Atriz Coadjuvante. 9/10




quarta-feira, 20 de maio de 2020

A VERDADE (La Vérité), 1960


Dramas desenrolados em tribunais interessam, em geral, mais a estudantes de Direito que às plateias. Talvez essa tenha sido a razão deste, que foi o penúltimo filme de Henri-Georges Clozout, não ter obtido o devido reconhecimento, seja de público e de crítica. Estrelado por Brigitte Bardot como Dominique Marceau, jovem que sai de uma cidade pequena com a irmã (Marie-José Nat) para viver em Paris e ambas acabam formando um triângulo amoroso com Gilbert Tellier, também jovem e que está se formando maestro. Desesperada porque Gilbert decide ficar com a irmã, Dominique o mata a tiros e o tribunal parisiense se reúne para julgar a assassina. O advogado de defesa (Charles Vanel) tenta atenuar a pena de Dominique, enquanto o causídico que representa a mãe de Gilbert (Paul Meurisse) quer a pena de morte para a moça. Seria apenas mais um filme sobre horas de um julgamento, caso Clouzot, com maestria, não contasse em flash-backs versões conflitantes da história deixando a todos no tribunal (e os espectadores também) ansiosos por conhecer o final. A melhor atuação séria de BB no cinema, ao mesmo tempo em que está provocante, em especial na antológica sequência ao som de ‘Yo Tengo una Muñeca’. Admiráveis interpretações de Vanel, Meurisse e ainda Louis Seigner como o juiz. Brilham Jean-Loup Reynold e André Oumansky demonstrando que pequenos papeis podem se tornam relevantes. 9/10 (Darci Fonseca para o blog Ídolos da Tela)





sexta-feira, 8 de maio de 2020

BOLEIROS, ERA UMA VEZ O FUTEBOL, 1998


Futebol e cinema nasceram quase na mesma época e a sétima arte, dezenas de vezes no Brasil e no Exterior, tentou mostrar as coisas do futebol. Nunca conseguiu fazê-lo de forma inteiramente satisfatória, até que Ugo Georgetti, o mais paulistano de todos os cineastas resolveu falar desse esporte que tanto admira como lemos nas suas crônicas dominicais no Estadão. Até despretensiosamente Georgetti conta em “Boleiros” seis histórias, narradas por amigos que, como tantos outros, se reúnem numa mesa de bar para lembrar fatos ocorridos com eles próprios ou com personagens ‘de ficção’. Os episódios são lembrados com humor, poesia e emoção pelos boleiros, todos de algum modo ligados ao futebol. O caso do juiz ‘Virgílio Pênalti’ (Otávio Augusto) é hilário, antológico mesmo dentro da comédia nacional; ‘Paulinho Majestade’ não querendo perder a majestade adquirida nos gramados; os fiéis torcedores pressionando o jogador contundido; ‘Azul’, que não é outro senão o infeliz Dener; o pivete bom de bola melhor que os filhinhos da mamãe da escolinha de futebol; e o craque conquistador que dá um drible no técnico enfezado. Um episódio mais saboroso que o outro mostrando como é o chamado ‘esporte bretão’ (há até uma divertida mesa-redonda na TV), reunião que é finalizada com ‘Naldinho’/Luizinho arrancando lágrimas num inesquecível momento de Flávio Migliaccio. Brilham acima de todos no grande elenco Adriano Stuart, Lima Duarte e Otávio Augusto. Obra-prima do nosso cinema. 10/10