domingo, 7 de junho de 2020

PACTO SINISTRO (Strangers on a Train), 1951


A reunião dos talentos de Patricia Highsmith (autora da história), Raymond Chandler (roteiro), Robert Burks (fotografia) e Alfred Hitchcock como diretor só poderia resultar em um grande filme, um dos melhores do Mestre do Suspense. Em “Pacto Sinistro” Hitch faz o que mais gosta que é brincar com os nervos do espectador e cutucá-lo em aspectos psicológicos com ferina mordacidade. Hitch é cáustico ao extremo como quando o personagem Bruno Anthony (Robert Walker) pergunta: ‘Quem nunca pensou em matar alguém?’ Guy Haynes (Farley Granger) é um tenista que quer o divórcio negado pela esposa, para se casar com outra mulher. Bruno Anthony é um psicopata que quer ver seu pai morto e propõe a Haynes um pacto funesto, antecipando-se e matando a esposa do tenista. No restante do filme Anthony assedia Haynes para que ele cumpra sua parte. Este é daqueles filmes que alguns detalhes tornam inesquecível, entre eles o isqueiro acusador, o assassinato mostrado através das lentes de um óculos, o cão ameaçador no alto da escada da mansão lúgubre, o carrossel girando em alta velocidade e, causando suspense maior, a partida de tênis. Tudo puro Hitchcock. Último filme do infeliz Robert Walker que faleceria dois meses após o lançamento e seu melhor trabalho no cinema em admirável despedida aos 32 anos de idade. Farley Granger bem como o desesperado tenista e Ruth Roman quase decorativa. 9/10




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