quinta-feira, 25 de julho de 2019

UM CORPO QUE CAI (Vertigo), 1958


Alguns clássicos precisam ser revistos de tempos em tempos; uns melhoram a cada revisão, outros não e este é o caso do tão aclamado “Vertigo”. Este Hitchcock passou da categoria de ‘cult’ (deixou de ser exibido por mais de 20 anos) para ser considerado o melhor filme de todos os tempos na enquete decenal da revista Sight & Sound de 2012 desbancando “Cidadão Kane” que desde 1962 ocupava essa posição. Porém “Vertigo” é hoje um filme superestimado. Possui qualidades mas seus muitos furos o comprometem, mais ainda quando se sabe que foi um dos filmes mais ‘caprichados’ de Hitchcock. O Mestre do suspense costumava dizer: “Quem quiser plausibilidade, não vá ao cinema”, mas o que não falta em “Vertigo’ são implausibilidades, da primeira à última sequência. Sem suspense e sem a mínima dose de humor, esta película só começa realmente, pouco depois da metade, após ser desvendado o mistério da morte de Carlotta Valdez, para tristeza dos fascinados por Psicologia. É quando o detetive aposentado (James Stewart) apaixonado pela jovem Judy (Kim Novak), a transforma em Carlotta para tudo terminar com uma malfeita queda do alto da missão e a inexplicável cura da acrofobia. Além da excelente atuação de Stewart, a música de Bernard Herrman e a fotografia de Robert Burks enriquecem “Vertigo”, no qual Hitchcock faz milagre conseguindo uma interpretação razoável da inexpressiva Kim Novak. 7/10





Nenhum comentário:

Postar um comentário