segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

MARTY (Marty), 1955


A Burt Lancaster o cinema deve muito. Quando Hollywood morria de medo da TV ele foi à televisão em busca de histórias para filmes. Foi o primeiro a fazer isso com a teleplay de Paddy Chayefsky sobre o açougueiro judeu que não arrumava namorada, interpretado na telinha por Rod Steiger. O próprio Chayefsky, atendendo sugestão de Lancaster, mudou a nacionalidade do gorducho Marty que virou italiano e Burt ainda escalou Ernest Borgnine (com quem trabalhara duas vezes antes) e Betsy Blair como a moça feiosa. Delbert Mann dirigiu a teleplay e também o drama que as interpretações de Ernest e Betsy tornam extraordinariamente pungente na simplicidade como é mostrado. O conflito familiar entre filhos que se casam e suas mães que se sentem abandonadas é igualmente tocante. A sequência com a família da moça reunida na sala assistindo ‘Ed Sullivan’ é primorosa. O filme custou menos de 200 mil dólares, se transformou num dos sucessos do ano e tornando comum a via TV-Hollywood. “Marty” arrebatou quatro prêmios Oscar, inclusive o de Melhor Ator para Borgnine que concorreu com Spencer Tracy, James Dean, Sinatra e James cagney. Ernest ainda ganhou diversos outros prêmios importantes, mas em seguida voltou à condição de o mais talentoso coadjuvante do cinema. 8/10




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