quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE (Giant), 1956


George Stevens necessitou de 201 minutos para condensar o livro de Edna Ferber sobre o Texas e as transformações que fizeram tantos texanos milionários. Três décadas se passam desde o encontro do barão de gado Jordan ‘Bick’ Benedict III (Rock Hudson) com Leslie Lynnton (Elizabeth Taylor), o casamento, a presença de Jett Rink (James Dean) até o reencontro de todos no suntuoso hotel que Rink construiu. Temas diversos como racismo, direitos humanos, igualdade de direitos da mulher são discutidos no filme em meio a conflitos familiares, ambição e uma paixão não correspondida (Jett e Leslie). Stevens consegue evitar que o épico resulte num novelão criando sequências primorosas – a revelação do casamento do filho de Bick e Leslie com uma mexicana; o funeral do jovem soldado; a luta contra o dono racista da lanchonete; e, mais que todas, Leslie percebendo a presença de Bick durante uma cerimônia de casamento. O diretor desmerece tudo, no entanto, com o final piegas com crianças e ovelhas (uma delas preta). Stevens extrai excelentes performances de Rock Hudson e Liz Taylor e mesmo James Dean até quando este encontra petróleo, Dean que transforma seu personagem em uma patética caricatura na parte final, misto de Charles Foster Kane com Errol Flynn. Impossível não gostar da saga e seus personagens, ainda que o filme pareça interminável. 9/10





Um comentário:

  1. Dean, monopoliza todas as cenas em que aparece. A cena da descoberta do petróleo; a cena em que ele vai medindo a extensão do terreno com as pernas; a cena em que ele se senta ao lado do "cata vento"; a cena em que ele cria o truque brincando com a corda e o como disse o Darci: " transforma seu personagem em uma patética caricatura na parte final"... esse era James Byron Dean!

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