domingo, 7 de maio de 2017

FÚRIA SANGUINÁRIA (White Heat), 1949


Nos anos 30 Hollywood produziu memoráveis filmes de gângster com James Cagney estrelando muitos deles. Na década seguinte o filme noir tomou conta das telas e a estrela de Cagney foi ofuscada apesar de seu Oscar de Melhor Ator por “A Canção da Vitória”, um drama musical. Eis que em 1949 Raoul Walsh realiza a mais notável mescla entre o filme de gângster com o policial noir, dirigindo justamente James Cagney, com quem trabalhara em “Heróis Esquecidos” dez anos antes. Em “Fúria Sanguinária” James Cagney é Cody Barrett, ladrão psicopata que só confia em sua própria mãe que o influencia e orienta em suas ações criminosas numa relação edipiana. O excelente roteiro leva Cody Barrett à prisão e posteriormente a um grande assalto a uma refinaria, roubo que só não se concretiza porque Barrett confiou num agente disfarçado. Raoul Walsh era um mestre em filmar sequências de ação e “Fúria Sanguinária” permite a Cagney extravassar seu temperamento explosivo num filme literalmente explosivo no qual parece que todos que estão ao redor do doentio Cagney serão vítimas dele. Certamente seu mais incrível desempenho. Negativa apenas a participação de Edmond O’Brien como o agente, que não convence como alguém capaz de enganar Cody Barrett. 10/10







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