quinta-feira, 18 de maio de 2017

DIABO A QUATRO (Duck Soup), 1933


Nada se compara se o assunto é humor aos Irmãos Marx e “Diabo a Quatro”, o melhor de seus filmes comprova isso. Nesta completamente amalucada comédia o quarteto está no melhor de sua forma, ainda que Zeppo Marx colabore quase nada para o turbilhão de gargalhadas provocadas por seus irmãos. Ao se tornar presidente da Libertônia, o ‘estadista’ Groucho sofre espionagem por parte de Chicolini e Pinky, agentes enviados por Louis Calhern, da vizinha Sylvânia. Só mesmo uma guerra para colocar fim às sandices dos três, mas se os Irmãos Marx são desatinados em tempos de paz, imagine-se do que são capazes numa batalha. Gags se sucedem durante toda a história de Bert Kalmar e Harry Ruby, com diálogos surrealistas de Arthur Sheekman e Nat Perrin, com Groucho, Harpo e Chico levando à tela números que trouxeram dos palcos do teatro Vaudeville. Leo McCarey assina a direção como se fosse possível dirigir os infernais irmãos e exemplo disso é a incrível sequência do espelho com os três caracterizados como Groucho de tal forma que não se distingue quem é quem. Nada do sentimentalismo poético de Chaplin ou Keaton e por isso mesmo únicos na irreverência e no absurdo das situações. 9/10




Diretor: Leo McCarey / Elenco: Groucho, Chico, Harpo e Zeppo Marx - Margaret Dumont - Louis Calhern - Raquel Torres - Charles Middleton - Edgar Kennedy - Edwin Maxwell - Verna Hillie  Leonid Kinskey

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