quinta-feira, 9 de março de 2017

RASTROS DE ÓDIO (The Searchers), 1956


Quando Ethan Edwards elevou a frágil e assustada sobrinha acima de sua cabeça e abraçando-a lhe disse “Let’s go home, Debbie”, estava o cinema sendo elevado a um momento maior de grandeza e poesia. Porém, ao longo das duas horas deste faroeste, o autor da frase e do delicado gesto foi mostrado como o mais sombrio e amedrontador personagem principal que um western jamais exibira ou exibiria. De forma devastadora John Ford rompeu com os arquétipos de heróis que o gênero criara e apresentou um homem não só rude e corajoso, mas e principalmente neurótico, preconceituoso e por fim paradoxal no seu comportamento. Excepcional cinematografia de Winton C. Hoch, excelente trilha musical de Max Steiner com o tema principal de Stan Jones executado pelo Sons of Pioneers e a Ford Stock Company em sua melhor forma. Senão o melhor filme já feito, um dos melhores de todos os tempos, conforme atestam inúmeras enquetes, entre elas as decenais da revista inglesa “Sight & Sound”. A parceria Ford-Wayne que resultou em tantos brilhantes filmes atingiu com “Rastros de Ódio” seu ponto mais alto, inquestionável verdadeira obra de arte cinematográfica. 10/10 - Resenha completa no blog http://westerncinemania.blogspot.com.br/






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