sexta-feira, 11 de maio de 2018

CAN-CAN (Can-Can), 1960


Estreando em 1953 este musical com canções de Cole Porter ficou mais de dois anos em cartaz na Broadway e até que demorou para ser levado ao cinema. Quando isso aconteceu Frank Sinatra e Shirley MacLaine eram dois dos maiores nomes nas bilheterias norte-americanas e o sucesso do filme parecia certo. Mas não foi. Custou seis milhões de dólares, foi lançado como ‘road show’ com 142 minutos de duração e, à época, não agradou nem ao público e nem à crítica. No final do século XIX, quando a dança ‘can-can’ foi proibida por ser considerada lasciva e atentatória aos bons costumes, advogados e juízes parisienses se envolvem com a dona de um cabaret (MacLaine) no qual o can-can é a maior atração. Muitas das canções do musical da Broadway foram excluídas do filme mas em compensação quatro outras maravilhosas músicas de Cole Porter foram utilizadas, o que por si só já seria suficiente, ainda mais cantadas por Sinatra. Mas, além disso, o filme tem também belíssimos números de dança (a briga dos rufiões é o melhor deles) e alguns bons momentos de comédia, especialmente as sequências de tribunal. Claro que o final é forçado, com Sinatra ficando com Shirley MacLaine quando esta deveria terminar nos braços de Louis Jourdan e o filme é um tanto longo demais, além de MacLaine e Sinatra não convencerem como parisienses. Mesmo assim vale a pena assistir. 7/10




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