segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O PROFESSOR ALOPRADO (The Nutty Professor), 1963


Maior que o talento de Jerry Lewis apenas seu ego. Em diversos filmes o fantástico cômico tentou mostrar facetas diferentes dos idiotizados personagens que tanto sucesso fizeram, sozinhos ou em dupla com Dean Martin. Jerry queria mostrar que sabia dançar e cantar sem deixar de ser engraçado, ele que já dominava como poucos também as artes de escrever para cinema e dirigir filmes. A história de Robert Louis Stevenson com Dr. Jekyll transformando-se em Mr. Hyde possibilitava uma adaptação ideal para Jerry mostrar diferentes facetas, ainda que alguns vejam em ‘Buddy Love’ uma vingativa caricatura de Dean Martin. Seja isso ou não, são os textos em que Jerry encarna o magnético Buddy Love o ápice de “O Professor Aloprado”, com diálogos excepcionais, dignos da verve de Billy Wilder. Jerry é um professor feio, atrapalhado e com voz esganiçada que cria em laboratório uma bebida que faz dele um irresistível sedutor com talento musical e bela voz. Com isso conquista a encantadora aluna Stella Stevens, numa excelente comédia, não perfeita por alguns excessos de Jerry. Mais uma vez ele faz uso de deliciosos standards da melhor canção norte-americana com a presença da orquestra de Les Brown. O melhor filme de Jerry. – 8/10





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