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A reunião de dois grandes nomes em filmes é receita quase infalível de boas bilheterias, receita invariavelmente com dois atores. Porém colocar num mesmo filme as
duas mais famosas atrizes do cinema francês na década de 70 foi algo inusitado, ainda mais por ser o filme for uma comédia tratando de um assunto sério como uma... revolução. Pois foi
o que decidiu fazer Louis Malle que escreveu o roteiro em parceria com Jean-Claude Carrière, este que viria a ser o roteirista preferido de Luís Buñuel. Brigitte Bardot e Jeanne Moreau foram as escolhidas
como as protagonistas chamadas de Maria e Maria, uma irlandesa (BB) e a outra francesa. De estrelas de uma caravana circense que tem como maior atração os provocantes números musicais, um deles inventando
o strip-tease, já que a ação se passa no início do século passado, Maria e Maria se tornam líderes revolucionárias no fictício país San Miguel. O povo oprimido
grita para elas “Viva Maria!” e ao final, depois de hilariantes batalhas contra o ditadorzinho de San Miguel, que tem por aliado um poderoso barão de terras e, como não poderia deixar de ser, também
a interesseira igreja que está sempre ao lado dos mais fortes, Maria e Maria levam a revolução a derrubar o opressivo ditador. Brigitte nunca esteve mais bonita mas é Jeanne quem conquista o revolucionário
bonitão (George Hamilton). Realizado em 1965, seguiram-se a esta película de Louis Malle muitos outros filmes sobre o tema revolução, os westerns-spaghetti-zapata e até Sam Peckinpah abordou
a revolução (mexicana). Difícil classificar o gênero de “Viva Maria!” já que este filme mistura comédia, ação, crítica social, música e dança.
E tudo da melhor qualidade. 8/10
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Brigitte e Jeanne |
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As líderes revolucionárias e a igreja as castigando |
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George Hamilton e Jeanne Moreau |
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Viva a Revolução! Viva Maria e Maria!!! |