segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

PRIMAVERA PARA HITLER (The Producers), 1967


Hitler fez muito bem ao cinema norte-americano pois para fugir do III Reich cineastas de grande talento foram acolhidos pelos Estados Unidos. E sempre que podia Hollywood falava mal do ditador germânico e seu regime, mas ninguém debochou do Fuhrer como o judeu novaiorquino Mel Brooks em sua estreia como diretor. Brooks não só dirigiu como também escreveu a hilariante história de um produtor que queria encenar a pior peça de todos os tempos, zombaria tão imaginativa e engraçada que recebeu o Oscar de Melhor Roteiro. Zero Mostel é o trapaceiro que engana idosas sequiosas de paixão delas tirando dinheiro para investir no projetado fracasso que renderá uma pequena fortuna a ele e a seu sócio, o contador Gene Wilder. Montam então o musical “Primavera para Hitler” que, de tão ruim, se transforma em sucesso cômico. Mostel e Wilder estão muito engraçados, mas é Kenneth Mars como o nazista que venera Hitler quem mais faz rir. E riso é o que não falta durante a encenação do musical em alguns dos momentos mais engraçados que o cinema já viu, claro que não para os alemães, como de hábito mostrados como idiotizados. Há uma referência a Ed Wood (o diretor que se traveste), o pior diretor de todos os tempos nesta comédia que Billy Wilder e Woody Allen bem gostariam de ter feito. 9/10 - Cópia gentilmente cedida pelo cinéfilo José Flávio Mantoani.



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