Hitler fez muito bem ao
cinema norte-americano pois para fugir do III Reich cineastas de grande talento
foram acolhidos pelos Estados Unidos. E sempre que podia Hollywood falava mal
do ditador germânico e seu regime, mas ninguém debochou do Fuhrer como o judeu
novaiorquino Mel Brooks em sua estreia como diretor. Brooks não só dirigiu como
também escreveu a hilariante história de um produtor que queria encenar a pior
peça de todos os tempos, zombaria tão imaginativa e engraçada que recebeu o
Oscar de Melhor Roteiro. Zero Mostel é o trapaceiro que engana idosas sequiosas
de paixão delas tirando dinheiro para investir no projetado fracasso que
renderá uma pequena fortuna a ele e a seu sócio, o contador Gene Wilder. Montam
então o musical “Primavera para Hitler” que, de tão ruim, se transforma em
sucesso cômico. Mostel e Wilder estão muito engraçados, mas é Kenneth Mars como
o nazista que venera Hitler quem mais faz rir. E riso é o que não falta durante
a encenação do musical em alguns dos momentos mais engraçados que o cinema já
viu, claro que não para os alemães, como de hábito mostrados como idiotizados.
Há uma referência a Ed Wood (o diretor que se traveste), o pior diretor de
todos os tempos nesta comédia que Billy Wilder e Woody Allen bem gostariam de
ter feito. 9/10 - Cópia
gentilmente cedida pelo cinéfilo José Flávio Mantoani.
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