Fred Zinnemann voltou ao
seu tema preferido, o do homem que fica sozinho por suas convicções, ao filmar
a tragédia de Sir Thomas More e com este drama histórico recebeu seu segundo
prêmio Oscar como Melhor Diretor. O advogado Thomas More (Paul Scofield)
torna-se Lord Chanceler do Rei Henrique VIII (Robert Shaw), sendo pressionado
por este para se posicionar a favor de seu divórcio e próximo casamento com Ana
Bolena (Vanessa Redgrave). More é contra o Rei haver renunciado à autoridade
papal dando lugar à Reforma Inglesa. Através de um tribunal manipulado pelo
novo Lord Chanceler Cromwell (Leo McKern), o despótico Henrique VIII condena
Thomas More à morte. Zinnemann realizou um filme intensamente dramático no qual
a grandeza moral de Thomas More contrasta com os desprezíveis homens que cercam
o vil Rei. A lamentar que a personalidade do extraordinário Humanista que foi
More não tenha sido apropriadamente mostrada, como seu talento de escritor e
inquebrantável bom humor. No filme More raramente sorri num desempenho
irrepreensível de Paul Scofield que lhe valeu o Oscar. Leo McKern magnífico
como o intrigante Cromwel. Oscars ainda de Melhor Filme, Roteiro, Fotografia e
Vestuário. 9/10 - Cópia gentilmente cedida
pelo cinéfilo José Flávio Mantoani.
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