Há filmes que nos encantam
desde suas primeiras imagens e esta comédia de Norman Jewison se inicia (e
termina) ao som de Dean Martin cantando “That’s Amore”. Nada mais apropriado
que a mistura que Dino faz com versos em Inglês mesclados com expressões
italianas, combinação que também acontece em “Feitiço da Lua”, quando Hollywood
mais se aproximou do espírito das melhores comédias produzidas em Cinecittà. Loretta
Castorini (Cher) está noiva de Johnny Cammareri (Danny Aiello), mas se envolve
com Ronny (Nicolas Cage), irmão de Johnny, desdobrando-se um imbróglio que
somente não termina em tragédia porque falam mais alto os costumes arraigados
naqueles ítalo-americanos. As situações criadas são divertidas porém nada que
se compare com a forma tão engraçada quanto simpática, poética mesmo, com que o
filme trata da etnia e as características próprias dos italianos. Fica-se à
espera de uma resposta à pergunta: ‘Por que os homens perseguem as mulheres?’,
que o filme deixa no ar, mas impossível não se apaixonar pelos personagens que
se deixam enlevar pelo feitiço que a lua emana. Cher está linda e perfeita, mas
é Olympia Dukakis quem fascina o espectador. Ambas levaram prêmios Oscar por
suas interpretações e tão bem quanto elas está Vincent Gardenia. Esqueça que
Nicolas Cage se esforça para atrapalhar tudo com sua canastrice. 8/10
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