Na década de 50 Hollywood produziu uma
enxurrada de filmes de ficção-científica, muitos deles com monstros
assustadores. Nenhuma dessas criaturas levadas à tela obteve tanto êxito quanto
aquele habitante da Lagoa Negra que, assim como King-Kong, se deixa fascinar
pela heroína da expedição que se embrenha pela selva amazônica. Esta bem cuidada
produção ‘B’ da Universal, concebida em 3.ª Dimensão, agradou em cheio ao
público e espertamente o estúdio filmou duas sequências, a segunda dirigida
pelo mesmo Jack Arnold, responsável pela aventura inicial. Cientistas entram
Rio Amazonas a dentro e se deparam com a criatura pré-histórica, espécie de
homem-brânquia. Este ao perceber as acrobacias aquáticas de Kay (Julie Adams),
linda cientista, sente-se atraído por ela chegando mesmo a sequestrá-la. O
oceanógrafo David (Richard Carlson) é quem salva Kay e a compaixão despertada
pela criatura anfíbia permite que esta retorne ao seu habitat (e assim
possibilite as lucrativas continuações). Ainda hoje o filme de Arnold
impressiona pelas belas sequências aquáticas e pela concisão e ritmos
perfeitos. Julie Adams, que foi dublada no balé sob as águas, arranca suspiros
também dos espectadores, ela que ficou eternamente marcada como a namorada do
monstro. 8/10 - Cópia gentilmente cedida pelo
cinéfilo José Flávio Mantoani.
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