É duvidoso aceitar que um
faroeste possa dispensar trocas de tiros, emocionantes cavalgadas, cenários
deslumbrantes, roteiro fácil e tudo o mais que invariavelmente caracteriza o
gênero. Mais ainda que um western possa refletir comportamentos humanos abjetos ao abordar
um assunto desagradável que o cinema sempre evitou tocar. Esse filme existe,
foi filmado em 1941 graças aos esforços e tenacidade de Henry Fonda e do
diretor William A. Wellman, sendo lançado em 1943 com o título “Consciências
Mortas”. Com apenas 75 minutos de duração, metragem quase de um western B, transformou-se
num dos mais admirados faroestes até hoje produzidos. Sombrio, pessimista,
trágico mesmo, expõe a covardia de uma turba histérica que se nega a dar a inocentes
o direito de defesa. Tomados por fúria coletiva encontram no linchamento a
solução para encobrir suas próprias fraquezas. Henry Fonda era então, no elenco,
o único nome capaz de atrair o público que não se interessou em ver “Consciências
Mortas”. Mais tarde Orson Welles e Clint Eastwood externaram profunda admiração
por este filme que a quase unanimidade da crítica reverencia como obra-prima do
gênero. 9/10 - Resenha completa no blog http://westerncinemania.blogspot.com.br/
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