Obra-prima do cinema
romântico, este filme de Michael Curtiz não se limita jamais a esta simples
definição de gênero. O extraordinário roteiro de “Casablanca” abriga intrigas e
mistério como deve ser um bom policial noir e ainda reflete magnificamente a
tensão vivida durante a II Grande Guerra. Como nenhum outro faz jus ao termo ‘cult’,
ou seja, aquele filme que jamais nos cansamos de rever porque nos delicia a
amoralidade de Humphrey Bogart e o encantador vezo corrupto de Claude Rains. O
grupo de misteriosos personagens que se cruzam na fascinante atmosfera do ‘Ricks’,
onde se passa a maior parte da história, trama suas aventuras ao som da voz rouquenha
e inesquecível de Dooley Wilson. Entre outras maravilhosas canções ouve-se a
contagiante “Knock on Wood” e “As Time Goes By”, esta já com a presença de
Ingrid Bergman, nunca antes ou depois mais bonita. O durão Bogart mostra que
sabe ser sensível e sucumbe ao amor impossível lembrando que “sempre haverá
Paris” e ao final dando o que falar com a amizade que inicia com o chefe de
polícia francês. Magistral direção de atores de Michael Curtiz, responsável
maior pela quase perfeição de “Casablanca”. O quase fica por conta do
inexpressivo Paul Henreid. 10/10
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