Edgar Rice Borroughs
negociou com a MGM o direito de adaptar suas histórias sobre o heroi e o
estúdio então passou a fazer o quem bem entendeu com ele. Depois do enorme
sucesso do primeiro filme da série com Johnny Weissmuler, a imaginação de
Cedric Gibbons, diretor de arte do estúdio, extrapolou os limites de sua
criatividade e veio “A Companheira de Tarzan”, até hoje o melhor de todos os
filmes sobre o Rei das Selvas. Gibbons reduziu a participação de Tarzan e ampliou
a de Jane, na medida exata em que explorou ao máximo a sensualidade que a pouca
roupa da heroína permitia, ou seja, quase tudo. Realizado pouco antes de entrar
em vigência o Código Hays, os espectadores puderam ver a nudez de Jane na
famosa sequência aquática que logo seria excluída do filme em nome da moral e
dos bons costumes. E quem o público via, de fato era a nadadora olímpica
Josephine McKim dublando Maureen O’Sullivan. Por quase 50 anos essas cenas foram
dadas como desaparecidas até que, encontradas, o filme foi restaurado na íntegra,
como Gibbons sonhou. Excepcional filme de ação com Weissmuller ainda magro, com
espaço para o lirismo entre Jane-Tarzan, Cheeta vivendo perigos e... a reduzida
tanga da inesquecível Maureen O’Sullivan. 9/10
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