Anthony Mann declarou que
esta segunda versão do livro de Edna Ferber não é um filme, mas sim um
desastre. Considerando-se sua excepcional carreira como diretor de faroestes (maior
nome da década de 50 no gênero), Mann não deixa de ter razão. Menos que contar
a vida aventureira do pioneiro Yancey Cravat, Ferber (autora de “Giant”) deu
mais destaque à esposa de Cravat, Sabra, mulher empreendedora que, abandonada
pelo marido torna-se empresária e política bem sucedida. Mas o roteiro
encomendado à MGM, em quase tudo diferente da premiada versão de “Cimarron”
filmada em 1931, reduziu Sabra (Maria Schell) a uma mulher frágil e submissa ao
marido (Glenn Ford). Yancey é mostrado como homem corajoso, íntegro e fiel a
seus princípios, sempre de modo inconvincente, aliás como quase tudo nesta saga
que acompanha por 40 anos a formação do então Território de Oklahoma. O ponto
alto do filme e que consumiu mais da metade de seu orçamento foi a corrida
pelas terras em 22 de abril de 1889, muito bem filmada por Mann. Fora isso
“Cimarron” é menos um western e mais um cansativo melodrama que não esquece de
tocar no preconceito contra os índios. Anne Baxter como ‘Dixie’, uma prostituta
por quem Yancey tem atração, tem a melhor interpretação do elenco, seguida por
Russ Tamblyn. Esta superprodução que nunca se pagou foi último western de
Anthony Mann. 4/10
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