Estreando na direção com “Primavera
para Hitler” em 1967, imaginava-se que Mel Brooks não conseguiria repetir outra
comédia tão engraçada. Porém sua paródia dos clássicos da Universal dos anos 30
baseados no personagem de Mary Shelley, se igualou em comicidade à sátira
musical sobre o 3rd Reich. Longe de ser apenas um deboche, “O Jovem
Frankenstein”, filmado em preto e branco, é fiel ao original de 1931 revisitado
e passando do horror para a comédia com humor inspirado e non-sense divertidíssimo.
O neurocirugião Victor Fronkensteen quer se livrar da inglória ascendência,
tanto que até muda seu nome, mas ao visitar o castelo de seu avô médico
descobre um livro por ele escrito que ensina a reavivar seres mortos. Repete o
que fez o Barão Von Frankenstein e dá vida a uma criatura que lhe cria muitos
problemas. O roteiro de Brooks em parceria com Gene Wilder (Victor) criou
personagens hilários como Frau Blücher (Cloris Leachman), a ingênua assistente
(Teri Garr), a noiva de Victor (Madeline Khan), além da criatura (Peter Boyle)
mas nenhum mais engraçado que o irreverente corcunda Igor (Marty Feldman). A
deliciosa malícia de cada um deles é de matar de rir, como Frau Blücher
provocando Victor. Gene Wilder excelente como o cientista que ao final se
sacrifica e ‘troca partes’ com a criatura. Gene Hackman tem pequena
participação nesta notável comédia. 9/10
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