domingo, 1 de outubro de 2017

O DESTINO BATE À PORTA (The Postman Always Rings Twice), 1946


Barbara Stanwyck pode ter sido a mulher fatal mais impressionante dos dramas noir ao interpretar Phyllis Dietrichson. Nenhuma outra atriz, no entanto, foi mais sexy e provocou mais desejos que Lana Turner como a esposa infiel de Cecil Kellaway que trama a morte do marido com o amante John Garfield em “O Destino Bate à Porta”. Escrito pelo mesmo James M. Cain, autor especialista em histórias com mulheres adúlteras e assassinatos, este drama se desenvolve numa incrível tensão sexual em sua primeira e fascinante primeira metade. As inúmeras e inesperadas mudanças que se sucedem tornam o filme de Tay Garnett eletrizante mesmo quando deriva para mera história policial. O único senão do roteiro é a permissividade do velho marido (uma quase cumplicidade), que bem poderia ser evitada. À exceção de Lana Turner nunca mais linda, sensual e boa atriz, todo o elenco é composto por atores distante do padrão de elegância e beleza que Hollywood costumava apresentar. Mesmo porque a história se passa em um modesto posto de gasolina-restaurante de beira de estrada. Cecil Kellaway excelente e John Garfield muito bom completam o triângulo amoroso, este capaz de espancar o fortíssimo Alan Reed... Ainda no elenco Hume Cronyn como um sagaz e nada ganancioso advogado. Clássico absoluto do gênero. 9/10 - Cópia gentilmente cedida pelo cinéfilo José Flávio Mantoani.




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