Barbara Stanwyck pode ter
sido a mulher fatal mais impressionante dos dramas noir ao interpretar Phyllis
Dietrichson. Nenhuma outra atriz, no entanto, foi mais sexy e provocou mais
desejos que Lana Turner como a esposa infiel de Cecil Kellaway que trama a
morte do marido com o amante John Garfield em “O Destino Bate à Porta”. Escrito
pelo mesmo James M. Cain, autor especialista em histórias com mulheres
adúlteras e assassinatos, este drama se desenvolve numa incrível tensão sexual
em sua primeira e fascinante primeira metade. As inúmeras e inesperadas mudanças
que se sucedem tornam o filme de Tay Garnett eletrizante mesmo quando deriva
para mera história policial. O único senão do roteiro é a permissividade do
velho marido (uma quase cumplicidade), que bem poderia ser evitada. À exceção
de Lana Turner nunca mais linda, sensual e boa atriz, todo o elenco é composto
por atores distante do padrão de elegância e beleza que Hollywood costumava
apresentar. Mesmo porque a história se passa em um modesto posto de
gasolina-restaurante de beira de estrada. Cecil Kellaway excelente e John
Garfield muito bom completam o triângulo amoroso, este capaz de espancar o
fortíssimo Alan Reed... Ainda no elenco Hume Cronyn como um sagaz e nada ganancioso
advogado. Clássico absoluto do gênero. 9/10 - Cópia gentilmente cedida pelo
cinéfilo José Flávio Mantoani.
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