Eleito pelo American Film Institute
como o 5.º melhor filme romântico de todos os tempos, esta história de amor
ainda deve agradar aos românticos incuráveis. Refilmagem de “Duas Vidas”, que o
próprio Leo McCarey havia filmado em 1939, “Tarde Demais para Esquecer” abusa
do sentimentalismo que o diretor utilizou em seus filmes mais festejados dos
anos 40. Desta vez McCarey busca atingir a sensibilidade dos eternos
apaixonados ao contar como Cary Grant e Deborah Kerr sofrem até o doloroso
reencontro. Quem aceitar Cary Grant como um artista-pintor nas horas vagas em
que deixa de ser irresistível playboy e ainda a suave Deborah Kerr como cantora
de night-club não terá problemas em encharcar lenços com o final tão meloso
quanto forçado. McCarey que muito fez rir dirigindo Laurel & Hardy, os Irmãos
Marx (em seu melhor momento) e ainda Harold Lloyd escreveu a história, roteiro
(com Delmer Daves) e ainda a letra da canção que fez enorme sucesso e perdeu o
Oscar de Melhor Canção para “All the Way”. A sempre magnífica Deborah Kerr em
momento menor foi dublada nas canções pela bela voz de Marni Nixon que já a
dublara em “O Rei e Eu”, enquanto Cary Grant (aos 53 anos) está maduro demais. “Sintonia
de Amor” (1993) que se baseou na mesma história é em tudo superior ao filme de
McCarey. - 6/10
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