Três são os principais
personagens deste drama que aborda convicções religiosas. O primeiro um
charlatão carismático (Burt Lancaster) que se aproveita da necessidade que as
pessoas têm de serem conduzidas pela fé. Depois a pregadora evangélica (Jean
Simmons) que acredita no poder da sua pregação e mesmo em sua capacidade de ser
instrumento divino. Por fim o jornalista ateu (Arthur Kennedy) que relata com
fidelidade em seus artigos o que vê ocorrer naquela tenda religiosa. Baseado na
obra homônima de Sinclair Lewis, este filme de Richard Brooks debate
exemplarmente essas questões sem tomar partido, permitindo que o espectador
tire suas conclusões do que é a fé e como ela pode ser manipulada por
espertalhões como ‘Elmer Gantry’. Lancaster está excepcional como o hipócrita,
beberrão e mulherengo que se apaixona por Jean Simmons e que acaba enganado
pela prostituta vivida por Shirley Jones. Esta se esforça para que se esqueça
seus suaves personagens de “Oklahoma” e “Carrossel”, enquanto Jean Simmons (então
esposa de Brooks) está mais adequada como a ingênua ‘Sister Sharon’. O final excessivamente
moralista para este filme onde quase todos são amorais o impede de ser uma
obra-prima. De qualquer modo, um dos mais corajosos filmes de seu tempo e que
não perdeu a atualidade. 9/10 - Cópia gentilmennte cedida pelo cinéfilo Marcelo Cardoso.
massa
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