quarta-feira, 19 de julho de 2017

OS ASSASSINOS (The Killers), 1946


O conto “The Killers”, de Ernest Hemingway publicado em 1927, tinha apenas oito páginas e foi expandido por John Huston sem que este recebesse o crédito do roteiro que ficou para Anthony Veiller. Mark Hellinger produziu este filme cujo custo e a falta de grandes nomes no elenco indicava ser apenas mais um noir ‘B’. Tanto que a direção ficou a cargo de Robert Siodmak e a cinematografia com Elwood Bredell, nomes pouco importantes no cenário de Hollywood. Hemingway que demonstrara preocupação porque seu conto se transformara muito, inclusive com novos personagens, elogiou a nova história. E que história, que roteiro e que assombroso pequeno grande filme Siodmak realizou para a felicidade do famoso escritor! Tenso do princípio ao fim “Os Assassinos” é narrado em nada menos que onze flash-backs com um roteiro intrincadamente perfeito e com incontáveis momentos de emoção. A começar pela morte, logo no início, do desencantado boxeador interpretado por Burt Lancaster. Nesta sua brilhante estreia Lancaster deixava claro que o cinema ganhava um grande ator. Aos 23 anos de idade, Ava Gardner cria uma fascinante e maravilhosamente perversa amante do gângster Albert Dekker. Um dos melhores e mais fatalistas policiais noir já produzidos, 10/10






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