segunda-feira, 24 de julho de 2017

O ANJO E O BANDIDO (Angel and the Badman), 1947


Para quem gosta de John Wayne bruto, desaforado e sempre pronto para uma boa troca de tiros este western da Republic Pictures não é recomendado. Ele é o bandido e Gail Russell a mocinha Quaker que o transforma num homem que passa a evitar a violência e ao final deixa de ser um fora-da-lei também com a ajuda do xerife Harry Carey. James Edward Grant, diretor e autor da história insiste durante todo o filme na capacidade que a Sociedade Religiosa dos Amigos (Quakers) com a pureza moral e pacifismo de sua pregação converta os homens para o caminho do bem, exatamente o que acontece com o personagem de Wayne. Os melhores momentos deste western ficam por conta de Yakima Cannut que dirigiu as sequências de ação: briga no saloon, estouro de manada e perseguição a uma carroça em disparada que despenca num rio. O Duke pouco faz além de namorar a jovem Quaker, mesmo porque passa muito tempo desarmado e ainda assim tem magnífica interpretação. Harry Carey cansa o espectador a cada entrada em cena, enquanto Paul Hurst brilha na curta sequência em que aparece. Produtor pela primeira vez, Wayne não disfarça estar apaixonado pela delicada Gail Russell, então sua protegida na vida real. 6/10





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