Sam Peckinpah dizia ser este
seu faroeste preferido, mesmo sendo o menos visto (foi boicotado no lançamento
pela Warner Bros.) e fugindo aos padrões de violência que Peckinpah imprimia a
seus trabalhos. Mais uma vez o diretor aborda o tema do crepúsculo do Velho
Oeste, aqui com a chegada das máquinas motorizadas que tornaram obsoletas as
diligências. Justamente elas que fizeram com que o rato do deserto Cable Hogue,
deixado para morrer por seus comparsas, descobre água e se torna um bem
sucedido empreendedor. Até que por ironia do destino e sem aviso prévio a morte
lhe prega uma peça, como diz o título nacional. A violência não é excessiva
porque Peckinpah quis fazer um western com comicidade e com um lírico romance
entre Hildy (Stella Stevens) uma adorável prostituta e Hogue (Jason Robards).
Mesmo arrastado em alguns momentos e com o caso amoroso que não funciona bem (Peckinpah
não tinha talento para romances), “A Morte Não Manda Aviso” é agradável de se
ver. Jason Robards está formidável, David Warner como o libidinoso pregador faz
rir bastante, assim como o ótimo Strother Martin. A sensual Stella Stevens nunca
esteve mais linda e desejável. 7/10
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