sexta-feira, 7 de julho de 2017

A MORTE NÃO MANDA RECADO (The Ballad of Cable Hogue), 1970


Sam Peckinpah dizia ser este seu faroeste preferido, mesmo sendo o menos visto (foi boicotado no lançamento pela Warner Bros.) e fugindo aos padrões de violência que Peckinpah imprimia a seus trabalhos. Mais uma vez o diretor aborda o tema do crepúsculo do Velho Oeste, aqui com a chegada das máquinas motorizadas que tornaram obsoletas as diligências. Justamente elas que fizeram com que o rato do deserto Cable Hogue, deixado para morrer por seus comparsas, descobre água e se torna um bem sucedido empreendedor. Até que por ironia do destino e sem aviso prévio a morte lhe prega uma peça, como diz o título nacional. A violência não é excessiva porque Peckinpah quis fazer um western com comicidade e com um lírico romance entre Hildy (Stella Stevens) uma adorável prostituta e Hogue (Jason Robards). Mesmo arrastado em alguns momentos e com o caso amoroso que não funciona bem (Peckinpah não tinha talento para romances), “A Morte Não Manda Aviso” é agradável de se ver. Jason Robards está formidável, David Warner como o libidinoso pregador faz rir bastante, assim como o ótimo Strother Martin. A sensual Stella Stevens nunca esteve mais linda e desejável. 7/10





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