domingo, 29 de janeiro de 2017

A MARCA DA MALDADE (Touch of Evil), 1958


Orson Welles estava há 10 anos sem filmar nos Estados Unidos quando Charlton Heston conseguiu que fosse ele o diretor de “A Marca da Maldade”. O próprio Welles reescreveu o roteiro, além de também atuar e realizar aquele que seria seu último filme em Hollywood. E que filme! Um marco do gênero policial noir num thriller que subverte a ordem ao mostrar um investigador mexicano como herói e o vilão sendo o norte-americano capitão de polícia Hank Quinlan. Interpretado por Orson Welles, Quinlan é uma figura monstruosa em seu aspecto repugnante e na maldade com que pautou sua vida como homem da lei corrupto que age numa cidade de fronteira com o México. A famosa sequência de abertura é apenas um dos grandes momentos desta verdadeira aula de cinema que é “A Marca da Maldade”, filme que como “Cidadão Kane” deve ser visto muitas vezes para se descobrir plenamente sua criatividade. Welles com nariz postiço e mais rotundo que nunca não é o destaque maior do excelente elenco que tem Heston muito bem e Janet Leigh provocante num tipo que repetiria em “Psicose”. Ficam para Akim Tamiroff e Joseph Calleia as atuações mais relevantes desta obra-prima do talentoso Welles. 10/10






Diretor:

Nenhum comentário:

Postar um comentário