Orson Welles estava há 10
anos sem filmar nos Estados Unidos quando Charlton Heston conseguiu que fosse
ele o diretor de “A Marca da Maldade”. O próprio Welles reescreveu o roteiro,
além de também atuar e realizar aquele que seria seu último filme em Hollywood.
E que filme! Um marco do gênero policial noir num thriller que subverte a ordem
ao mostrar um investigador mexicano como herói e o vilão sendo o norte-americano
capitão de polícia Hank Quinlan. Interpretado por Orson Welles, Quinlan é uma
figura monstruosa em seu aspecto repugnante e na maldade com que pautou sua vida
como homem da lei corrupto que age numa cidade de fronteira com o México. A
famosa sequência de abertura é apenas um dos grandes momentos desta verdadeira
aula de cinema que é “A Marca da Maldade”, filme que como “Cidadão Kane” deve
ser visto muitas vezes para se descobrir plenamente sua criatividade. Welles
com nariz postiço e mais rotundo que nunca não é o destaque maior do excelente
elenco que tem Heston muito bem e Janet Leigh provocante num tipo que repetiria
em “Psicose”. Ficam para Akim Tamiroff e Joseph Calleia as atuações mais
relevantes desta obra-prima do talentoso Welles. 10/10
Diretor:
Diretor:
Nenhum comentário:
Postar um comentário