Insatisfeito com a
interpretação de Katharine Hepburn em “Levada da Breca”, Howard Hawks a chamou
num canto e disse: ‘Kate, nem Buster
Keaton, Chaplin ou Harold Lloyd sorriem quando atuam; a graça deles vem das
situações nas quais se envolvem’. A atriz, em sua primeira comédia, mudou
o estilo de atuar e o resultado foi uma de suas mais memoráveis performances
como a rica herdeira que se apaixona pelo jovem e tímido paleontólogo interpretado
por Cary Grant. Do início ao fim o casal se envolve em confusões com ‘Baby’,
um leopardo e ‘George’, um cão, além de muitos outros tipos atrapalhados. Grant
faz uso pela primeira vez no cinema da expressão ‘gay’ com o sentido que ela
possui atualmente e a sequência em que ele tenta esconder o vestido rasgado de
Kate é antológica. E é a deliciosa, anárquica e esfuziante Kate quem conquista
Grant, Baby, George e o público. Considerada uma exemplar ‘screwball comedy’ esta
comédia nem sempre teve status de clássica, mesmo porque foi um fracasso de
bilheteria e deu grande prejuízo à RKO. Peter Bogdanovich foi quem primeiro
afirmou que o alucinado filme de Hawks era uma obra-prima e inspiração para seu
“Esta Pequena é uma Parada” em 1972. 8/10
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