Anselmo Duarte costumava
afirmar que seu melhor filme era “Quelé do Pajeú” e poucos podiam contestar
essa discutível opinião. Isso porque alguns anos após seu lançamento o filme
simplesmente desapareceu, numa das mais lamentáveis incúrias do cinema brasileiro.
“Quelé do Pajeú” passou para a categoria de lenda cinematográfica e somente os
críticos e espectadores mais velhos, ao redor dos 70 anos de idade e que o
viram nos cinemas, podiam falar do filme. Mais de 40 anos depois uma cópia
legendada em Italiano foi descoberta na Europa, fato que pode ser considerado o
mais importante do cinema brasileiro nos últimos tempos. Lima Barreto escreveu
a história e roteiro que acabou sendo bastante alterado por Anselmo Duarte que
a isso chamou de ‘roteiro adaptado’, filmando-o em Salto de Itú naquela que foi
uma das mais caras produções do cinema brasileiro, com requintes de 70 mm e som
estereofônico. O resultado foi um excelente ‘nordestern’, com muita ação,
romance, sensualidade e algumas sequências verdadeiramente antológicas. Tarcísio
Meira é o protagonista e Jece Valadão o vilão que Quelé persegue em busca de
vingança em sua odisseia pelo sertão em luta constante entre as volantes e o
bando de Lampião. Não só pelo fato da descoberta da cópia, mas e principalmente
por ser outro grande filme de Anselmo Duarte “Quelé do Pajeú” é fundamental
para quem ama o cinema. Resenha completa no blog Westerncinemania. 8/10
Diretor:
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Filme muito bom
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