Já houve quem, com certo
exagero, dissesse que Preston Sturges foi mais importante para o cinema
norte-americano que Orson Welles. E não é que então surge Peter Bogdanovich e
afirma que os seus cinco filmes preferidos são “Suprema Conquista” (Howard Hawks),
“Cupido é Moleque Teimoso” (Leo McCarey), “French Can Can” (Jean Renoir), “Papai
por Acaso” e “As Três Noites de Eva”, estes dois últimos de quem mesmo? Acertou
quem pensou em Preston Sturges! “As Três Noites de Eva” é uma comédia romântica
e sofisticada do gênero muito em voga nos anos 30 e 40 chamado ‘Screwball
Comedy’ ou comédia maluca para nós, invariavelmente com uma mulher agitada no
centro de toda a trama. Barbara Stanwyck é a vigarista que pretende conquistar
o rico herdeiro Henry Fonda, por quem acaba apaixonada num filme repleto de
diálogos saborosíssimos (do também roteirista Preston Sturges) e com situações que
se sucedem cada vez mais engraçadas até o desfecho feliz. Feliz mas que
comprova que Eva com magnetismo, graça e beleza subjuga o homem. E essa Eva
(Eve) é Barbara Stanwyck bonita, divertida e fascinante como o cinema nunca a
havia mostrado. Fonda e um grupo seleto de coadjuvantes (Eugene Palette,
Charles Coburn, William Demarest e outros) ajudam a dar mais classe ainda a
esta joia de comédia. 8/10
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