quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

PAT GARRETT & BILLY THE KID (1973)


Sam Peckinpah já havia dado ao gênero western duas obras-primas com “Pistoleiros do Entardecer” (1962) e “Meu Ódio Será Sua Herança” (1969). A expectativa com “Pat Garrett & Billy the Kid” era que Peckinpah completasse com outro grande filme uma espécie de trilogia sobre o fim do Velho Oeste falando de William Bonney, personagem lendário cuja vida Hollywood nunca cansou de explorar. Criando com seu temperamento explosivo os costumeiros problemas durante as filmagens, tudo se agravou durante a produção com o então alcoolismo incontrolável de Peckinpah.  O esperado filme mostrou-se incoerente, repleto de situações e personagens que pouco tem a ver ou contribuem para a coesão do enredo e envolvimento do espectador. Há, como não poderia deixar de ser, uma ou outra sequência que denunciam o talento de Peckinpah, mas é pouco, mesmo na versão que a Turner lançou como sendo a ‘director’s cut’, com 115 minutos de duração. Peckinpah se esqueceu de Billy the Kid e se concentrou no drama pessoal de Pat Garrett, esplendidamente vivido por James Coburn. Um número enorme de formidáveis atores coadjuvantes são desperdiçados em pontas insignificantes e Bob Dylan, autor da bela trilha sonora musical tem uma insuperavelmente bizarra atuação. 6/10





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