Sam Peckinpah já havia dado
ao gênero western duas obras-primas com “Pistoleiros do Entardecer” (1962) e
“Meu Ódio Será Sua Herança” (1969). A expectativa com “Pat Garrett & Billy
the Kid” era que Peckinpah completasse com outro grande filme uma espécie de
trilogia sobre o fim do Velho Oeste falando de William Bonney, personagem
lendário cuja vida Hollywood nunca cansou de explorar. Criando com seu
temperamento explosivo os costumeiros problemas durante as filmagens, tudo se
agravou durante a produção com o então alcoolismo incontrolável de
Peckinpah. O esperado filme mostrou-se
incoerente, repleto de situações e personagens que pouco tem a ver ou
contribuem para a coesão do enredo e envolvimento do espectador. Há, como não
poderia deixar de ser, uma ou outra sequência que denunciam o talento de
Peckinpah, mas é pouco, mesmo na versão que a Turner lançou como sendo a
‘director’s cut’, com 115 minutos de duração. Peckinpah se esqueceu de Billy
the Kid e se concentrou no drama pessoal de Pat Garrett, esplendidamente vivido
por James Coburn. Um número enorme de formidáveis atores coadjuvantes são
desperdiçados em pontas insignificantes e Bob Dylan, autor da bela trilha
sonora musical tem uma insuperavelmente bizarra atuação. 6/10
Diretor:
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