domingo, 12 de fevereiro de 2017

CURVA DO DESTINO (Detour), 1945


Um filme norte-americano é selecionado para preservação na Biblioteca do Congresso se ele tiver significação cultural, histórica ou estética. Pois “Curva do Destino”, uma produção baratíssima da pequena Producers Releasing Corporation (PRC), produtora mais lembrada por suas séries de westerns-B, obteve essa honraria que só grandes clássicos conseguem. Dirigido pelo austro-húngaro Edgar G. Ulmer, “Curva do Destino” é um dos mais perfeitos exemplos de autêntico filme noir com seus 68 minutos de duração permeados pelo fatalismo comum ao gênero. Narrado em primeira pessoa pelo irritadiço e pessimista anti-herói (Tom Neal), “Detour” traz a impressionante caracterização da mulher fatal, cruel e opressiva (Ann Savage). O personagem de Neal faz uma série de opções erradas, ilógicas mesmo e típicas de quem vive um pesadelo, o que o leva ao desvio do título original. Numa das melhores frases do excepcional roteiro de Martin Goldsmith, Neal diz que para onde quer que vá o destino lhe aplicará uma rasteira. Estilo visual e narrativa magníficos com destaque para as interpretações de Neal e Ann Savage, esta perto de quem Phyllis Dietrichson (Barbara Stawyck) é até suave. 8/10





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