sexta-feira, 2 de junho de 2017

A DAMA DE PRETO (Park Row), 1952


Antes de escrever roteiros e dirigir filmes, Samuel Fuller foi jornalista e ambientou seu quarto longa-metragem na Park Row, a rua de Nova York onde se situavam os jornais. Como a história escrita por Fuller se passa em 1886, os noticiosos eram ainda compostos por tipógrafos nas caixas de tipos. É então fundado o ‘The Globe’ que com a criatividade de seu editor passa a ameaçar os jornais maiores. Para sorte do ‘The Globe’, ninguém menos que o relojoeiro Ottmar Mergenthaler faz parte da equipe e revoluciona o mundo da imprensa com a máquina compositora Linotipo. Apesar de ser semidestruído por ataques de adversário menos nobre o ‘The Globe’ sobrevive e Fuller deixa a mensagem: “Um jornal pode ser bom ou ruim, dependendo do caráter de seu dono”. Samuel Fuller gastou tudo que tinha à época (200 mil dólares) para produzir um filme fraco, rodado em duas semanas, que quando muito interessará a jornalistas e gráficos. Longe de qualquer comparação com “Cidadão Kane” (que também trata do mundo jornalístico), o trabalho de câmera de Fuller é magnífico, o que não salva “A Dama de Preto”, filme repleto de personagens insossos e com um romance mal concebido entre Gene Evans (ator preferido de Fuller) e a inexpressiva Mary Welch. 4/10





Direção: Samuel Fuller / Elenco: Gene Evans - Mary Welch - Bela Kovacs - Forrest Taylor - Don Orlando - Herbert Heyes - Neyle Morrow - Stuart Randall - George O'Hanlon - Tina Pine - Hal K. Dawson - Stanley Price - Dee Pollock - Jean Del Val - J. M. Kerrigan - Dick Elliott - Charles Horvath

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