Mickey Spillane é um dos
dez autores que mais venderam livros em todos os tempos nos USA. Isto mesmo
sendo considerado um escritor de histórias policiais de segunda categoria,
incomparavelmente inferior a Dashiell Hammett e Raymond Chandler. O detetive
particular Mike Hammer, principal personagem de muitos livros de Spillane é cínico,
sádico, paranóico e era assim que agradava e até hoje agrada aos leitores. Mike
Hammer, interpretado por Ralph Meeker, foi levado ao cinema por Robert Aldrich em
1955, em “A Morte num Beijo”, já nos estertores do filme noir e mesmo assim se
tornou o mais influente filme do gênero. De Godard a Tarantino, muitos
diretores copiaram a singularidade de “Kiss me Deadly”, não apenas influente
como o mais brutal, assustador e inovador de todos os ‘noirs’. Desde as imagens
iniciais com uma mulher descalça correndo desesperada em uma rodovia até o
final apavorante, Aldrich exaspera o espectador através das muitas mortes e
torturas chocantes, algumas destas infligidas pelo próprio detetive durão.
Obviamente em preto e branco, filmado em grande parte nas ruas, tem, ao lado dos
clássicos gângsters, agentes interessados em uma mala com material radiativo e
ainda diversas mulheres fatais. “A Morte num Beijo” é um dos grandes clássicos
da década e do gênero e uma atração à parte são os carros esporte que Mike
Hammer utiliza (Jaguar, Corvette e um MG). 9/10.
Olá, Darci! Que coincidência, resolvi rever este filme uma semana após você publicar a resenha (sem eu saber). Um abraço!
ResponderExcluirOlá, Thomaz, grande abraço.
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