domingo, 24 de março de 2019

TODAS AS MULHERES DO MUNDO, 1967


Já separado de Leila Diniz, com quem fora casado por três anos, Domingos de Oliveira estreou na direção com esta comédia-romântica que se tornou um ‘cult’ do cinema nacional. Entre outras coisas significou o verdadeiro lançamento de Leila direto para o estrelato, bem como o de Paulo José (em seu segundo filme). Fortemente influenciado no ritmo e na concepção por “Jules e Jim”, “Todas as Mulheres do Mundo” pretendeu ser uma ode a Leila, por quem Domingos parecia ainda apaixonado, apesar de ela já estar casada com Ruy Guerra. Maria Alice (Leila) é uma professora que conhece Paulo (Paulo José) em uma festa; apaixonam-se, casam-se e após uma traição dele separam-se. Ao final o jovem casal de comportamento pouco convencional assume uma vida bem classe média conservadora representada pela festinha de aniversário de um dos filhos. Excessivamente carioca, como a maioria das comédias do Cinema Novo, o filme é um ‘who’s who’ da vida de Ipanema pois Domingos encaixa uma infinidade de jovens atrizes, socialites e amigos que pouco ou nada tem a ver com a história. Paulo José responde pelos raros momentos de fato divertidos da comédia e Leila revela-se não apenas ótima de ser fotografada mas também boa atriz. Marcante a participação da argentina Irma Alvarez e o filme desperdiça o talento de Isabel Ribeiro. 6/10



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