Já separado de Leila Diniz,
com quem fora casado por três anos, Domingos de Oliveira estreou na direção com
esta comédia-romântica que se tornou um ‘cult’ do cinema nacional. Entre outras
coisas significou o verdadeiro lançamento de Leila direto para o estrelato, bem
como o de Paulo José (em seu segundo filme). Fortemente influenciado no ritmo e
na concepção por “Jules e Jim”, “Todas as Mulheres do Mundo” pretendeu ser uma
ode a Leila, por quem Domingos parecia ainda apaixonado, apesar de ela já estar
casada com Ruy Guerra. Maria Alice (Leila) é uma professora que conhece Paulo
(Paulo José) em uma festa; apaixonam-se, casam-se e após uma traição dele separam-se.
Ao final o jovem casal de comportamento pouco convencional assume uma vida bem
classe média conservadora representada pela festinha de aniversário de um dos
filhos. Excessivamente carioca, como a maioria das comédias do Cinema Novo, o
filme é um ‘who’s who’ da vida de Ipanema pois Domingos encaixa uma infinidade
de jovens atrizes, socialites e amigos que pouco ou nada tem a ver com a
história. Paulo José responde pelos raros momentos de fato divertidos da
comédia e Leila revela-se não apenas ótima de ser fotografada mas também boa
atriz. Marcante a participação da argentina Irma Alvarez e o filme desperdiça o
talento de Isabel Ribeiro. 6/10
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