terça-feira, 5 de março de 2019

O INCRÍVEL EXÉRCITO BRANCALEONE (L’Armata Brancaleone), 1966


Em 1958 o estupendo diretor de comédias Mário Monicelli realizou aquela que parecia ser sua obra-prima definitiva que foi “Os Eternos Desconhecidos”. Mas eis que em 1966 o diretor romano fez o mundo rir igualmente com o mais bizarro ‘exército’ medieval que se poderia imaginar. Liderado pelo nobre decadente Brancaleone de Nórcia (Vittorio Gassman), um grupo esfarrapado decide seguir Brancaleone até Auricastro onde ele se tornaria o Senhor absoluto nomeando dando a seus soldados títulos de nobreza e riqueza. A eles se junta o também Cavaleiro Teofilatto dei Leonzi (Gian Maria Volontè). Até chegar a Auricastro o grotesco grupo enfrenta toda sorte de insólitos riscos, tão perigosos quanto engraçados. Esqueça-se tudo que o cinema havia apresentado até então nos solenes filmes em que nobres cavaleiros lutavam com galhardia pela conquista de novos feudos e pelo amor de castas princesas. Brancaleone com seu exército transforma aquele universo em pura galhofa numa comédia inesquecível como a canção que acompanha a marcha do estapafúrdio grupo (Branca, Branca, Branca / Leon, Leon, Leon). Gassman memorável e Carlo Pisacane (como o judeu Abacuc) impagável, mais a música de Carlo Rustichelli e a fotografia de Carlo Di Palma. A sequência de 1970, "Brancaleone nas Cruzadas”, não teve a mesma graça. 9/10




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