Penúltimo filme estrelado
por Greta Garbo e famoso pelos pôsteres de divulgação que anunciavam ‘Garbo
Laughs’ (Garbo ri), ela que durante toda carreira interpretara papeis sérios.
Mas quem riu para valer foi a MGM com o sucesso alcançado por esta sátira
política dirigida pelo alemão Ernst Lubitsch com roteiro do qual participaram
Billy Wilder e Charles Brackett. Um trio de agentes moscovitas é enviado a
Paris pelo governo russo para vender joias de uma dama protegida pelo tzar.
Eles negligenciam sua missão e se deixam envolver pela luxúria que a cidade
oferece, arriscando-se a ir para a Sibéria. A agente Nina Ivanovna Yakushova
(Greta Garbo), conhecida por ‘Ninotchka’ chega a Paris para realizar o trabalho
que deixou de ser feito e conhece o conde russo León d’Algout (Melvyn Douglas).
Apaixonam-se mas Ninotchka oscila entre o amor por León e ser fiel aos ideais
revolucionários, decidindo por fim que seu amor por Lenin e respeito por Stalin
não eram maior que o que sentia por León. Esta comédia de Lubitsch é bastante
desigual com a primeira parte deliciosamente divertida e o final mudando para
um romantismo inexpressivo. O que parecia ser uma obra-prima conclui-se
inteiramente sensabor e nem a excelente atuação de Greta consegue equilibrar o
filme. Greta está maravilhosa como a intransigente russa que sucumbe ao amor de
Melvyn Douglas, um galã jamais à altura do resplendor artístico chamado Greta
Garbo. 7/10
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