O maior problema deste
filme é justamente a enorme responsabilidade de completar a trilogia da saga da
família Corleone e, inevitavelmente, ser comparado com os dois anteriores. Nada
tendo a ver com o livro de Mario Puzo, todo o novo roteiro foi concebido sem
que guarde coerente ressonância com a história da família. Michael Corleone (Al
Pacino) afastou-se da máfia, enveredou por negócios legais e se tornou um grande
benemérito, o que desagradou a mafiosos que querem participar desses
empreendimentos. Entra em cena seu violento sobrinho (Andy Garcia) que passa a
homem-forte do tio e enfrenta os adversários. A longa e brutal sequência final transcorre
num teatro durante a exibição da “Cavalaria Rusticana” e o que foi idealizado
para ser um desfecho digno e de forte impacto para encerrar a trilogia não
chega a impressionar. Além dos diálogos fracos e situações incongruentes esta
‘Parte III’ padece da presença de Sofia Coppola, certamente a pior de todas as
atrizes já indicadas ao Oscar (por este filme), e que derruba toda e qualquer
sequência de que participa. O contido Al Pacino brilha especialmente durante
sua confissão com o futuro Papa (Raf Vallone). Eli Wallach frustra seus fãs como
um caricato mafioso, Talia Shire magnífica e Andy Garcia tenta ingloriamente fazer lembrar James Caan
(de quem é filho bastardo na história). 6/10
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