terça-feira, 21 de agosto de 2018

DOZE HOMENS E UMA SENTENÇA (Twelve Angry Men), 1957


Concebida como teleplay e exibida pela CBS em 20/09/1954, Henry Fonda assistiu à transmissão, se identificou com um dos personagens e sempre alimentou a ideia de levar ao cinema a história de Reginald Rose sobre aquela decisão de 12 jurados. Passada inteiramente dentro de uma sala onde se reúnem o corpo de júri, nada indicava que a teleplay poderia resultar num espetáculo ‘cinematográfico’. Mas o diretor Sidney Lumet conduzindo um elenco perfeito liderado pelo próprio Fonda que coproduziu o filme e com a fotografia abrindo no grupo e fechando em constantes close-ups, conseguiu o improvável e realizou uma excepcional película do gênero ‘tribunal’. O calor sufocante na sala dos jurados, a fumaça dos cigarros, a tensão que se eleva entre os homens a cada diálogo cada vez mais áspero, tudo forma o ambiente único do filme no qual um jovem acusado de assassinato está prestes a ser condenado à morte. O jurado n.º 8 começa a levantar dúvidas bem fundamentadas e aos poucos todos os demais alteram seus votos. Henry Fonda é perfeito como o homem frio e justo, evocando um misto de Tom Joad (“Vinhas da Ira”) e o cowboy resoluto de “Consciências Mortas”. O grande ator sempre se referiu a esses três filmes como os melhores de sua longa carreira. 9/10




Nenhum comentário:

Postar um comentário