O final do filme original
realizado dois anos antes deixava clara a possibilidade de uma continuação da
saga dos Corleones. No entanto Coppola e Mario Puzo optaram não apenas por uma
mera continuação, mas em contar desde o início a trajetória do pequeno Vito Andolini
que foge da Sicília chegando órfão a Nova York. Lá é introduzido nas atividades
ilegais e logo cria sua própria ‘Famiglia’, que se torna muito poderosa. Um
corte de 40 anos traz Michael Corleone (Al Pacino) às voltas com disputas entre
interesses rivais, traições e execuções. “Se
há algo certo nesta vida, é que se pode matar qualquer um”, diz Michael
sintetizando seu modo frio de agir que o leva ao total isolamento. Flashbacks contrapõem
a filosofia de Vito Corleone (Robert De Niro) à de Michael numa tragédia
familiar de proporções tão enormes quanto a dramaticidade que envolve todos os
personagens. A complexidade da trama é desenvolvida magnificamente por Coppola
permitindo que os muitos personagens coadjuvantes ganhem importância, como o
senador da história, um cruel retrato da classe política. As sequências da Nova
York do início do século são deslumbrantes. Sem o carisma de Brando, Pacino
domina o filme mas é Robert De Niro quem impressiona fortemente como o jovem
Corleone. 10/10
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