Este filme de Francis Ford
Coppola é um caso único na história do cinema: enorme sucesso de público
conseguiu agradar aos mais exigentes críticos; com três horas de duração
envolve totalmente o espectador mesmo sendo concebido como um ‘filme de arte’;
arrebatou todos os prêmios possíveis e conseguiu a façanha de ter uma continuação
com idêntico nível artístico; por fim confirmou que qualquer referência superlativa
a Marlon Brando sempre parece pouco. O roteiro de Coppola e Mario Puzo (este
autor do livro) mostra brilhantemente como funcionava a máfia, sua divisão,
disputas internas e como dominava diversos setores da sociedade de políticos ao
judiciário, passando pelos sindicatos. Don Corleone (Marlon Brando) é o mais
poderoso entre os chefes da organização e resiste em ampliar os negócios (prostituição,
proteção e jogo) com o mais lucrativo comércio das drogas. Outros chefes tentam
eliminar o velho Corleone mas é seu filho Michael (Al Pacino) quem assume a
liderança do clã, restaurando o poder ameaçado. Além de Brando, o grande elenco
é magnífico com destaque para Al Pacino. Tudo é perfeito neste filme, da música
de Nino Rota à fotografia de Gordon Willis culminando com a ambientação proporcionada
pelo trabalho extraordinário do designer de produção Dean Tavoularis. 10/10
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